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Argentina

- Publicada em 18 de Abril de 2019 às 03:00

Pré-candidato à presidência da Argentina chama Macri de arrogante

O peronista de centro-direita Sergio Massa, de 46 anos, fez duras críticas ao presidente da Argentina, Mauricio Macri nesta quarta-feira, durante a apresentação de sua pré-candidatura às eleições de outubro. "Quando você é aplaudido muito fora de seu país e estão muito descontentes com você dentro dele, é porque você está fazendo algo errado. Primeiro, o presidente tem que pensar nos argentinos. Se depois o aplaudem fora, tudo bem, mas é secundário."
O peronista de centro-direita Sergio Massa, de 46 anos, fez duras críticas ao presidente da Argentina, Mauricio Macri nesta quarta-feira, durante a apresentação de sua pré-candidatura às eleições de outubro. "Quando você é aplaudido muito fora de seu país e estão muito descontentes com você dentro dele, é porque você está fazendo algo errado. Primeiro, o presidente tem que pensar nos argentinos. Se depois o aplaudem fora, tudo bem, mas é secundário."
Para Massa, que ficou em terceiro lugar nas eleições de 2015, Macri falhou no cargo. "Não foi capaz de controlar a inflação, de controlar o dólar e a economia em geral, não teve programa econômico e, com isso, aumentou a dívida, o desemprego e a inflação." E acrescentou que isso ocorreu "em parte por sua arrogância, em parte pelo desconhecimento da realidade argentina".
Não deixa de soar um pouco contraditório porque, em 2015, o discurso de campanha de Massa era muito mais afinado ao de Macri do que ao do peronismo. Ao final, apesar de não ter declarado apoio aberto, sinalizou que preferia Macri ao candidato do kirchnerismo, Daniel Scioli, o que fez com que muitos de seus eleitores acabassem votando no atual presidente.
Na campanha deste ano, Massa terá o duplo desafio de se mostrar afastado de Macri e da ex-presidente Cristina Kirchner - também na disputa -, em cujo primeiro mandato foi chefe de gabinete. Para isso, defende uma oposição unida. "Não deveríamos apresentar várias candidaturas em outubro porque o objetivo tem de ser derrotar Macri. Então as pessoas têm de eleger um candidato capaz de vencê-lo no segundo turno", afirmou.
 

Se eleito, peronista afirma que renegociará dívida do país com o FMI

Do ponto de vista da economia - com alta inflação e aumento do desemprego e da pobreza -, Massa afirma ter três soluções. A primeira seria renegociar o acordo feito com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que liberou uma linha de crédito de US$ 57 bilhões em 2018. "É um acordo injusto, que dá o crédito a este governo, mas é o seguinte quem terá de pagar. Renegociaria de modo a ganhar mais tempo e obter normas mais razoáveis para o pagamento."
Em segundo lugar, diz que é necessária uma reforma tributária "que seja mais justa em matéria patrimonial". "Hoje, quem mais colabora com impostos são os que menos têm, e deveria ser o contrário." Por fim, disse que é necessário reformar o sistema de crédito a investidores, para que os produtos sejam mais competitivos no exterior. Também defendeu um Mercosul forte e criticou a possibilidade de flexibilização do bloco.
Os outros candidatos peronistas na pré-disputa são o governador de Salta, Juan Manuel Urtubey; o líder do Senado, Miguel Pichetto; e, provavelmente, o ex-ministro da Economia de Néstor Kirchner, Roberto Lavagna.
Na maioria das pesquisas de intenção de voto, Cristina e Macri aparecem na liderança com cerca de 30%. Em um cenário com Massa na disputa, ele teria por volta de 14%, mais do que nos cenários com Urtubey e Lavagna. As eleições ocorrem no dia 27 de outubro, com segundo turno em novembro.