Um avião Boeing 737 da Ethiopian Airlines que voava para Nairobi caiu ontem com 157 pessoas a bordo - 149 passageiros e oito tripulantes -, informou a companhia aérea. De acordo com a TV estatal da Etiópia, não há sobreviventes.
O voo ET 302 sofreu a queda perto da cidade de Bishoftu, 40 quilômetros a Sudeste da capital da Etiópia, Adis Abeba, e sede da maior base da Força Aérea do país. O avião deixou o aeroporto de Bole às 8h38min (horário local), antes de perder contato com a torre de controle poucos minutos depois, às 8h44min. O piloto relatou dificuldades pouco antes da queda e pediu permissão para retornar, segundo o executivo-chefe da Ethiopian Airlines, Tewolde Gebremariam, mas a causa do acidente ainda é um mistério. Em entrevista coletiva, ele disse que a empresa não tinha conhecimento de nenhum problema mecânico no Boeing 737-800, adquirido há apenas quatro meses.
Além de nove etíopes, cidadãos de 33 nacionalidades estavam na viagem, entre os quais 32 quenianos, 18 canadenses, oito italianos, oito chineses, oito norte-americanos, sete franceses, seis egípcios, cinco holandeses, quatro indianos, quatro eslovacos, três austríacos, três suecos, três russos, dois marroquinos, dois espanhóis, dois poloneses e dois israelenses. Também viajava um cidadão de cada um dos seguintes países: Bélgica, Indonésia, Somália, Noruega, Sérvia, Togo, Moçambique, Ruanda, Sudão, Uganda e Iêmen. Quatro passageiros com passaportes emitidos pelas Nações Unidas ainda não tiveram as nacionalidades reveladas, mas, segundo o Itamaraty, não havia brasileiros a bordo.
A estatal Ethiopian Airlines é uma das maiores companhias aéreas da África. No ano passado, transportou mais de 10 milhões de passageiros. O último acidente com a companhia havia acontecido em janeiro de 2010, quando um voo que havia partido de Beirute, capital do Líbano, caiu pouco após a decolagem. O desastre matou as 90 pessoas a bordo.