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Internacional

- Publicada em 12 de Janeiro de 2019 às 14:48

Líder opositor se declara presidente interino da Venezuela

'Ninguém tem dúvidas de que Maduro é um usurpador', disse Juan Guaido, diante de multidão

'Ninguém tem dúvidas de que Maduro é um usurpador', disse Juan Guaido, diante de multidão


YURI CORTEZ/AFP/JC
Agência Estado
Em um pronunciamento em Caracas transmitido pelo Twitter, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país nesta sexta-feira (11). "Ninguém tem dúvidas de que Maduro é um usurpador. Por isso, assumo minha responsabilidade com o povo da Venezuela, me dirijo a vocês para plantar a rota da AN pela liberdade (#ANRutaPorLaLibertad)", escreveu.
Em um pronunciamento em Caracas transmitido pelo Twitter, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país nesta sexta-feira (11). "Ninguém tem dúvidas de que Maduro é um usurpador. Por isso, assumo minha responsabilidade com o povo da Venezuela, me dirijo a vocês para plantar a rota da AN pela liberdade (#ANRutaPorLaLibertad)", escreveu.
Guaidó disse estar se respaldando nos artigos 233, 333 e 350 da Constituição para "convocar eleições livres" em 23 de janeiro e pediu apoio do povo venezuelano, dos militares e da comunidade internacional. "A Constituição me dá legitimidade para exercer o cargo da Presidência da República, para convocar eleições, mas preciso do apoio dos cidadãos para tornar isso uma realidade", disse o deputado a algumas centenas de pessoas que se concentraram no leste de Caracas para denunciar a "ilegitimidade" de Nicolás Maduro.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, apoiou nesta sexta-feira a decisão do deputado opositor. Guaidó é presidente da Assembleia Nacional, eleita em 2016, controlada pela oposição e não reconhecida pelo chavismo.
"Celebramos a posse de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, conforme o artigo 233 da Constituição. Tem o nosso apoio, o da comunidade internacional e do povo da Venezuela", disse Almagro em uma postagem no Twitter, em que reproduzia o post da Assembleia Nacional venezuelana.
As duas manifestações provocaram uma nova crise no país e despertaram o temor de que o presidente eleito, Nicolás Maduro, cumpra sua promessa de dissolver o Parlamento. No dia em que foi empossado, o líder chavista ameaçou dissolver a Assembleia Nacional caso ela promova "um golpe de Estado". Segundo ele, a Assembleia Nacional Constituinte (ANC) "atuará contra a Assembleia Nacional se eles tentarem um golpe de estado".
Na quinta-feira (10), o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Venezuela. A decisão foi anunciada logo após a posse do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. A ruptura envolve o fechamento da Embaixada do Paraguai em Caracas e a retirada imediata dos diplomatas. Além disso, foi anunciado o cancelamento de um acordo de vistos com a Venezuela - o que, segundo o governo paraguaio, afetará apenas funcionários do regime.
Benítez lembrou que, como membro do Grupo de Lima, o Paraguai não reconhece o resultado da última eleição na Venezuela, falando em "um processo eleitoral ilegítimo". Em nota, a chancelaria paraguaia informou que a crise política na Venezuela "é de índole interna e cabe aos próprios venezuelanos resolvê-la".
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