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relações internacionais

- Publicada em 29 de Novembro de 2018 às 01:00

Rússia cumpriu seu dever ao capturar navios, diz Putin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou ontem que as forças navais do país cumpriram seu dever militar ao apreender três navios ucranianos e deter a tripulação. O episódio provocou uma escalada de tensão entre os dois países e levou a Ucrânia a decretar lei marcial nas regiões de fronteira com a Rússia e seus aliados.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou ontem que as forças navais do país cumpriram seu dever militar ao apreender três navios ucranianos e deter a tripulação. O episódio provocou uma escalada de tensão entre os dois países e levou a Ucrânia a decretar lei marcial nas regiões de fronteira com a Rússia e seus aliados.
No domingo, a patrulha de fronteira da Rússia capturou dois navios pequenos de guerra e um rebocador ucranianos que vinham do Mar Negro e tentavam entrar no Mar de Azov pelo Estreito de Kertch, território compartilhado entre os dois países. O Serviço Federal de Segurança acusa as embarcações de violar águas territoriais, ignorar os alertas da Guarda Costeira para parar e apontar suas armas contra as lanchas russas. Os 24 marinheiros que estavam nas embarcações foram detidos. Na terça-feira, 15 deles foram sentenciados a dois meses de prisão. Os outros nove ainda devem participar de audiência de acusação.
Putin confirmou a versão do incidente dada pelo seu governo de que os navios ignoraram alerta da Marinha para que não entrassem em águas da Crimeia, região anexada pela Rússia. Os ucranianos alegam que as embarcações operavam de acordo com as regras internacionais e avisaram com antecedência sobre o trajeto.
"Cumpriram com seu dever militar com perfeição e precisão", disse Putin durante um fórum econômico em Moscou. "Os ucranianos não responderam às demandas de nossa Guarda Costeira e entraram em nossas águas territoriais." Em setembro, vários barcos ucranianos passaram tranquilamente pelo estreito de Kertch.
Putin ainda acusou o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, de ter orquestrado a ação para adiar as eleições de 2019. Essa mesma acusação já havia sido feita por críticos de Poroshenko, que aparece atrás nas pesquisas de intenção de voto. Em discurso pela aprovação da lei marcial, o ucraniano disse que a mudança não inclui restrições a direitos dos cidadãos nem adia as eleições, previstas para 31 de março.

Atitude de Moscou ameaça encontro com Trump na Argentina

A crise diplomática entre Rússia e Ucrânia levou a duras críticas dos Estados Unidos e de vários países do bloco europeu. Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que poderia cancelar o encontro previsto com Vladimir Putin na Argentina, durante a cúpula do G-20.
"Talvez eu não participe do encontro. Não gosto daquela agressão. Não quero esse tipo de agressão", disse o norte-americano, em sua crítica mais contundente a Moscou. O presidente afirmou que espera um relatório completo do caso de sua equipe de segurança antes de tomar a decisão.