O Equador exigiu, na terça-feira, que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, de 47 anos, respeite a soberania do país e não faça declarações que "faltem com a verdade", após ele denunciar que o governo tinha uma estratégia para extraditá-lo para os Estados Unidos. Assange está há seis anos asilado na embaixada equatoriana em Londres, na Inglaterra.
Na segunda-feira, a Justiça do Equador rejeitou uma ação constitucional de Assange para impedir a aplicação de regras para visitas, comunicações e atendimento médico durante seu asilo. Ele disse que vai apelar da decisão.
A Justiça do Reino Unido mantém um mandado de prisão contra Assange por violar obrigações ligadas a sua liberdade condicional, quando foi acusado de crimes sexuais na Suécia. Embora o processo não tenha prosseguido, ele teme ser extraditado para os EUA por ter divulgado milhares de segredos oficiais norte-americanos.
Na semana passada, o procurador-geral do Equador, Íñigo Crespo, explicou que foi proposto a Assange, naturalizado equatoriano em dezembro, que se entregasse à Justiça britânica "com as garantias que o Equador tinha conseguido obter", como não ser "deportado ou extraditado a outro país". A outra possibilidade foi ficar o tempo que quisesse na embaixada em Londres, mas sob "certas regras". Assange aguarda uma resposta do Reino Unido de que não será extraditado a um terceiro país para poder deixar a embaixada, revelou na semana passada Carlos Poveda, um de seus advogados.