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Internacional

- Publicada em 18 de Outubro de 2018 às 01:00

Ataque na Crimeia deixa 19 mortos

Segundo as autoridades locais, pelo menos 40 pessoas ficaram feridas

Segundo as autoridades locais, pelo menos 40 pessoas ficaram feridas


KERCH.FM/AFP/JC
Um ataque a uma escola técnica causou 19 mortes e feriu pelo menos 40 pessoas, a maioria delas adolescentes, na cidade de Kerch, na Crimeia, península ucraniana ocupada pela Rússia. O episódio, ocorrido ontem, foi tratado inicialmente como um ato terrorista, mas, depois, o líder regional na Crimeia, Serguei Askyonov, declarou que o crime foi cometido pelo estudante Vladislav Roslyakov, de 18 anos.

Um ataque a uma escola técnica causou 19 mortes e feriu pelo menos 40 pessoas, a maioria delas adolescentes, na cidade de Kerch, na Crimeia, península ucraniana ocupada pela Rússia. O episódio, ocorrido ontem, foi tratado inicialmente como um ato terrorista, mas, depois, o líder regional na Crimeia, Serguei Askyonov, declarou que o crime foi cometido pelo estudante Vladislav Roslyakov, de 18 anos.

A primeiras informações apontavam para uma explosão de gás na cafeteria da Faculdade Politécnica Kerch. Depois, autoridades informaram que se tratava de uma explosão causada por um dispositivo caseiro. Só posteriormente foi confirmado o ataque a tiros.

Câmeras de segurança registraram o momento em que o jovem entrou na faculdade com um rifle. Lá dentro, ele atirou em vários colegas e depois disparou contra si mesmo, informou o Comitê Nacional Antiterrorismo russo. Seu corpo foi encontrado dentro do edifício. Ainda não há pistas das motivações por trás do ataque.

Segundo o comitê que investiga o crime, todas as vítimas foram baleadas, contrastando com as declarações anteriores feitas por outros funcionários, afirmando que os ferimentos eram resultado de uma explosão. Após o ataque, a administração local da península declarou estado de emergência. Além disso, a segurança da ponte que liga a Crimeia com a Rússia foi reforçada, e unidades militares foram colocadas no entorno do prédio.

A diretora da instituição, Olga Grebennikova, descreveu a cena que encontrou quando entrou no edifício após o ataque. "Havia corpos em toda parte Tudo foi destruído", disse à mídia local. "Eles correram jogando explosivos e foram para o segundo andar com armas e mataram todo mundo que encontraram", relatou Olga, sugerindo que havia mais de um envolvido no ataque. A polícia não descarta a ação de outras pessoas, além de Roslyakov.

Testemunhas do caso não falaram de uma explosão, mas disseram que mais de um homem armado atacou a escola. O jornal Komsomlskaya Pravda citou o estudante Seymon Gavrilov, que disse que adormeceu durante uma palestra e acordou ao som do tiroteio. Ele afirmou que olhou para fora e viu um jovem atirando contra pessoas com um rifle.

"Eu tranquei a porta, torcendo para que ele não me ouvisse", explicou Gavrilov. Segundo o estudante, a polícia chegou cerca de 10 minutos depois para retirar as pessoas do local, e ele disse ter visto corpos no chão e paredes chamuscadas, presumivelmente em razão de um incêndio ou explosão. Outro estudante, Yuri Kerpek, relatou que o ataque a tiros durou cerca de 15 minutos.

A anexação da Crimeia pela Rússia na Ucrãnia desencadeou sanções ocidentais. A Rússia também apoiou os separatistas que combatem o governo ucraniano no Leste da Ucrânia, um conflito que deixou, pelo menos, 10 mil mortos desde 2014. Nos últimos anos, as agências de segurança russas prenderam vários ucranianos acusados de tramar ataques terroristas na Crimeia, mas nenhum ataque ocorreu.

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