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Internacional

- Publicada em 03 de Setembro de 2018 às 01:00

Palestinos condenam EUA por corte na ajuda à agência de refugiados

Governo palestino diz que ação fortalece o terrorismo na região

Governo palestino diz que ação fortalece o terrorismo na região


JAAFAR ASHTIYEH/AFP/JC
Estadão Conteúdo
O porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, Nabil Abu Rudeneh, disse, no sábado, que a decisão dos Estados Unidos de cortar fundos da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que ajuda refugiados palestinos é "um ataque aos direitos da população". Segundo Rudeneh, a decisão "não contribui para a paz e fortalece o terrorismo na região".
O porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, Nabil Abu Rudeneh, disse, no sábado, que a decisão dos Estados Unidos de cortar fundos da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que ajuda refugiados palestinos é "um ataque aos direitos da população". Segundo Rudeneh, a decisão "não contribui para a paz e fortalece o terrorismo na região".
Os EUA são responsáveis por quase 30% do orçamento da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa) e vinham exigindo que fossem feitas reformas significativas no órgão. O corte retira quase US$ 300 milhões do programa.
A Unrwa foi criada após a Guerra de Independência de Israel, em 1948, para ajudar 700 mil palestinos que fugiram ou foram expulsos de suas casas. Há muito tempo, Israel argumenta que a agência perpetua a crise de refugiados.
O anúncio norte-americano foi feito na sexta-feira pelo Departamento de Estado, que disse, em um comunicado por escrito, que os EUA "não vão mais comprometer fundos para essa operação irremediavelmente falha". A decisão corta quase US$ 300 milhões de apoio planejado. A Unrwa divulgou um comunicado rejeitando, "nos termos mais fortes possíveis", as críticas do governo de Donald Trump à agência e expressando "profundo pesar e desapontamento".
Em 2016, os Estados Unidos doaram US$ 355 milhões para a Unrwa, que fornece assistência médica, educação e serviços sociais para palestinos na Cisjordânia, na Faixa de Gaza, na Jordânia, na Síria e no Líbano, e deveriam fazer uma contribuição semelhante neste ano. Em janeiro, o governo Trump liberou US$ 60 milhões, mas reteve outros US$ 65 milhões que deveria alocar no período. O montante remanescente - cerca de US$ 290 milhões - ficou pendente.
"Quando fizemos uma contribuição de US$ 60 milhões em janeiro, deixamos claro que os EUA não estavam mais dispostos a arcar com a parcela desproporcional do fardo dos custos da Unrwa que assumimos por muitos anos", disse o comunicado. "Vários países - incluindo a Jordânia, o Egito, a Suécia, o Catar e os Emirados Árabes Unidos - mostraram liderança na resolução desse problema, mas a resposta internacional geral não foi suficiente", disse o Departamento de Estado.
 
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