Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 14 de Agosto de 2018 às 15:18

Ponte desaba no norte da Itália e deixa dezenas de mortos e feridos

Chefe da Defesa Civil afirmou que mais de 30 carros e três caminhões estavam no trecho que desabou

Chefe da Defesa Civil afirmou que mais de 30 carros e três caminhões estavam no trecho que desabou


PIERO CRUCIATTI/AFP/JC
Um trecho de uma ponte na rodovia A10 desabou nesta terça-feira (14) durante uma tempestade na cidade de Gênova, no norte da Itália. Segundo autoridades municipais e bombeiros, ao menos 35 pessoas morreram e 14 ficaram feridas, sendo cinco em estado grave.
Um trecho de uma ponte na rodovia A10 desabou nesta terça-feira (14) durante uma tempestade na cidade de Gênova, no norte da Itália. Segundo autoridades municipais e bombeiros, ao menos 35 pessoas morreram e 14 ficaram feridas, sendo cinco em estado grave.
O jornal Corriere della Sera disse que entre os mortos há pelo menos uma criança e que quatro pessoas foram resgatadas vivas dos escombros, mas que dez ainda estão desaparecidas. A agência de notícias local Adnkronos afirmou que o chefe das ambulâncias que participam do resgate falou em "dúzias de mortos".
O chefe da Defesa Civil italiana, Angelo Borrelli, disse que a ponte caiu sobre duas casas, mas elas estavam vazias e que até o momento não há nenhuma informação sobre vítimas que estavam no chão no momento do desabamento. Ele afirmou também que entre 30 e 35 carros e três caminhões estavam no trecho que desabou.
O ministro dos Transportes da Itália, Danilo Toninelli, disse que "está acompanhando com grande apreensão o que parece uma grande tragédia". Cerca de 200 bombeiros participam das tentativas de resgate.
A bombeira Amalia Tedeschi, que trabalha nos resgates, disse à rede de TV Rai que o trecho que desabou tinha cerca de 80 metros de distância e 45 metros de altura. Informações anteriores do canal Sky TG2 diziam que ele tinha 200 metros de distância e 100 metros de altura. A queda aconteceu por volta das 11h30 locais (6h30 de Brasília).
A ponte Morandi foi construída em 1967 e passou por uma reforma há dois anos. Em Gênova ela é conhecida como ponte do Brooklyn, em referência a tradicional construção de Nova York.
As primeiras imagens divulgadas pelos meios de comunicação mostravam a ponte, sem dezenas de metros, em meio a neblina. Bombeiros dizem temer que o desabamento afete as linhas de gás que passam pela região. Pelo terreno da região de Gênova, que fica entre o mar e a montanha, a rodovia possui longos túneis e viadutos. O trecho que desabou passa por uma zona industrial e também sob a água.
A Defesa Civil italiana disse que ainda não é possível estabelecer as causas do desabamento. A estrada A10 vai de Gênova até a fronteira com a França e é usada também por moradores das regiões de Piemonte e Lombardia que vão até as praias da Ligúria.
A concessionária responsável pela rodovia, a Autostrade per l'Italia, disse que vai trabalhar com as autoridades para esclarecer o acidente e que não havia nenhuma manutenção programada para o local. A companhia é controlada pela Atlantia, empresa que tem como principal acionista o braço de investimento da família Benetton, dona da marca de roupas homônima.
Mas segundo Toninelli, o ministro dos Transportes italiano, o governo iria lançar em breve um projeto de 20 milhões de euros (R$ 88,5 milhões) para melhorar a segurança na ponte. Ele classificou o caso como inaceitável e reclamou do estado de conservação do local.
"Não há manutenção, fiscalização ou trabalho de segurança nas pontes e viadutos da Itália, sendo que a maioria foi construída na década de 1960", afirmou ele, que está no cargo desde o início de junho, quando o novo governo tomou posse.
O ministro do interior e vice-premiê, Matteo Salvini, usou o caso para criticar a União Europeia. Segundo ele, as restrições orçamentárias do bloco impedem que a Itália tenha verbas para fazer a manutenção das pontes. "Devemos nos perguntar se esses limites [orçamentários] são mais importantes que a segurança dos cidadãos italianos. Para mim evidentemente não são", disse ele, que foi eleito com um discurso contrário a Bruxelas.
Folhapress
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO