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Internacional

- Publicada em 26 de Julho de 2018 às 01:00

Mãe de estudante morta na Nicarágua reclama de falta de apoio

Mãe da universitária brasileira Raynéia Gabrielle Lima, assassinada na segunda-feira na Nicarágua, onde, há seis anos, cursava Medicina, a aposentada Maria José da Costa disse ontem que não havia recebido qualquer tipo de informação ou ajuda das autoridades brasileiras, o que foi prontamente negado pelo Ministério das Relações Exteriores. A maior preocupação dela é com o traslado do corpo. 
Mãe da universitária brasileira Raynéia Gabrielle Lima, assassinada na segunda-feira na Nicarágua, onde, há seis anos, cursava Medicina, a aposentada Maria José da Costa disse ontem que não havia recebido qualquer tipo de informação ou ajuda das autoridades brasileiras, o que foi prontamente negado pelo Ministério das Relações Exteriores. A maior preocupação dela é com o traslado do corpo. 
"Estou às cegas. Minha filha morreu há mais de 24 horas e ninguém toma providências. Quero que ela volte o mais rápido possível para Pernambuco, para ter o enterro que merece", disse Maria José em entrevista ao Revista Brasil - programa da Rádio Nacional de Brasília.
As poucas informações foram dadas pelo sogro de Raynéia, que é quem paga pelo curso de Medicina da estudante. "Ele não é de ligar para mim. Quando recebi a ligação, pensei de imediato que algo de ruim havia acontecido com minha filha. Entrei em desespero", disse a aposentada.
Raynéia havia saído do hospital onde fazia residência para ir à casa de uma amiga. No percurso, ela foi assassinada com um tiro no peito, quando estava sozinha dirigindo seu carro. Segundo o reitor da Universidade Americana (UAM), Ernesto Medina, o tiro foi disparado por "um grupo de paramilitares".
Conforme o Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro e a embaixada do Brasil em Manágua seguem insistindo junto às autoridades nicaraguenses sobre a necessidade "imperiosa" de elucidar rapidamente as circunstâncias da morte. O Itamaraty disse, ainda, ter entrado em contato com o pai de Raynéia, Ridevando Pereira, e com o meio-irmão da estudante, Sandro Diego Mendonça, além da ex-cunhada Juliana Holanda. Informou ter sido feita, também, uma tentativa de contato com Maria José na terça-feira. Com relação ao traslado do corpo da estudante para o Brasil, o Itamaraty alegou que quem cuida disso é a família e as autoridades do país onde ocorreu o óbito. Em apoio à família, o governo de Pernambuco garantiu arcar com o traslado do corpo de Raynéia.
Na terça-feira, o Itamaraty chamou para consultas o embaixador brasileiro na Nicarágua, Luís Cláudio Villafañe Gomes Santos. A embaixadora da Nicarágua no País, Lorena Del Carmen, também foi convocada para prestar esclarecimentos. Por meio de nota, o Itamaraty manifestou indignação e exigiu que as autoridades nicaraguenses mobilizem todos os esforços necessários para identificar e punir os responsáveis pelo assassinato da estudante.
O governo brasileiro também condenou "o aprofundamento da repressão, o uso desproporcional e letal da força e o emprego de grupos paramilitares em operações coordenadas pelas equipes de segurança", e repudiou a perseguição a manifestantes, estudantes e defensores dos direitos humanos.
 
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