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Internacional

- Publicada em 26 de Julho de 2018 às 01:00

Atentado em eleição mata 31 pessoas no Paquistão

Reforço na segurança não impediu que homem-bomba se explodisse

Reforço na segurança não impediu que homem-bomba se explodisse


BANARAS KHAN/AFP/JC
Os paquistaneses foram às urnas ontem escolher um novo premiê. As eleições gerais vão transferir o poder de um governo civil para outro apenas pela segunda vez em 70 anos - a primeira foi em 2013. Em um país com centenas de atentados terroristas, a segurança foi reforçada para a data - com quase 380 mil soldados e reservistas -, porém não se mostrou suficiente para evitar um ataque suicida em uma zona eleitoral, que deixou um saldo de 31 mortos e 35 feridos na cidade de Quetta, na província do Baluquistão. O Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria da ação.
Os paquistaneses foram às urnas ontem escolher um novo premiê. As eleições gerais vão transferir o poder de um governo civil para outro apenas pela segunda vez em 70 anos - a primeira foi em 2013. Em um país com centenas de atentados terroristas, a segurança foi reforçada para a data - com quase 380 mil soldados e reservistas -, porém não se mostrou suficiente para evitar um ataque suicida em uma zona eleitoral, que deixou um saldo de 31 mortos e 35 feridos na cidade de Quetta, na província do Baluquistão. O Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria da ação.
A campanha eleitoral foi marcada por acusações de manipulação pelas Forças Armadas, por intimidações à imprensa, pela presença de candidatos ligados ao extremismo islâmico e por uma série de atentados contra candidatos, o que fez com que esta fosse chamada de "a eleição mais suja da história". A Comissão de Direitos Humanos do Paquistão denunciou "tentativas flagrantes, agressivas e descaradas" por parte das forças militares de manipular as eleições, com "implicações alarmantes para a transição do Paquistão para uma efetiva democracia".
Nos últimos meses, a repressão à imprensa se intensificou. Gul Bukhari, uma jornalista crítica do Exército, foi sequestrada em Lahore por homens mascarados e temporariamente detida. Após tentativas de prisão e de sequestro, o jornalista Taha Siddiqui se exilou com a família na França.
Outra preocupação é a permissão dada pela Corte Eleitoral para que candidatos com ligações extremistas pudessem disputar as eleições. Concorrem, por exemplo, o Allah-o-Akbar Tehreek, que defende as leis que proíbem blasfêmias contra o Islã, e o Ahle Sunnat Wal Jammat, que incita violência contra a minoria xiita e serve de fachada para o Lashkar-e-Jhangvi, grupo sectário ligado à Al-Qaeda.
Estão em jogo, nestas eleições, 342 cadeiras na Assembleia Nacional (são necessárias 172 para obter maioria) e assentos em quatro Assembleias Provinciais: Punjab (297), Sindh (130), Khyber Pakhtunkhwa (99) e Baluquistão (51).
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