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Internacional

- Publicada em 03 de Julho de 2018 às 01:00

Popularidade de Putin cai após proposta de reforma da previdência

A popularidade do presidente da Rússia, Vladimir Putin, caiu nas últimas duas semanas, segundo diversos institutos de pesquisa do país. Embora nenhum tenha feito a pergunta, o motivo é claro: a proposta de reforma da previdência do Kremlin.
A popularidade do presidente da Rússia, Vladimir Putin, caiu nas últimas duas semanas, segundo diversos institutos de pesquisa do país. Embora nenhum tenha feito a pergunta, o motivo é claro: a proposta de reforma da previdência do Kremlin.
Segundo o Centro de Pesquisa de Opinião Pública Russa, estatal, a aprovação do presidente caiu de 78% para 64%, de 14 a 24 de junho. De acordo com o que o Centro Levada, independente, divulgou, 65% dos russos concordam com as políticas de Putin agora, contra 79% em maio. Por fim, o também público FOM viu o apoio político ao líder cair: votariam nele 54% dos eleitores na semana passada, contra 62% sete dias antes.
Para os padrões ocidentais, Putin ainda é intocável - até porque foi reeleito, em maio, para um quarto mandato, com 77% dos votos. Mas, para o Kremlin, cioso da necessidade de manter a imagem de homem forte do presidente intocada, os sinais de alerta estão por todos os lados.
A última vez que Putin se viu nessa faixa de aprovação foi antes da reabsorção da Crimeia da Ucrânia, ocorrida depois de um golpe derrubar o governo pró-Moscou de Kiev, em 2014. Não há nenhuma guerra nova no horizonte, mas o presidente pode tentar capitalizar o encontro de cúpula que terá com o presidente dos EUA, Donald Trump, em Helsinki, no próximo dia 16.
O centro da polêmica proposta da previdência é a mudança da idade mínima para a aposentadoria dos russos. O governo quer aumentá-la de 60 para 65 anos no caso dos homens, e de 55 para 63 anos, no das mulheres. Isso seria feito de forma escalonada: em dez anos para homens, e em 14 para mulheres. O problema é que homens vivem 64 anos, em média, na Rússia, enquanto mulheres vivem 76, segundo a Organização Mundial da Saúde.
O argumento de que a pessoa vai morrer antes de se aposentar tem falado mais alto do que considerações sobre a solvência de um sistema previdenciário herdado da antiga União Soviética. Um manifesto on-line já colheu 2,6 milhões de assinaturas contra a proposta do Kremlin, que diversos institutos dão como rejeitada por 80% a 90% da população do país.
 
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