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saúde

- Publicada em 19 de Abril de 2022 às 12:02

Sociedade de Pediatria alerta para escassez no atendimento em hospitais gaúchos

Instituições de Porto Alegre já enfrentaram dificuldade de suprir a demanda neste mês

Instituições de Porto Alegre já enfrentaram dificuldade de suprir a demanda neste mês


RODRIGO NUNES/MINISTÉRIO DA SAÚDE/DIVULGAÇÃO/JC
Fernanda Soprana
A chegada do outono marca o início da temporada de mudanças bruscas de temperatura, frio, chuvas mais frequentes e, consequentemente, maior incidência de síndromes respiratórias no Rio Grande do Sul. Essas doenças afetam especialmente crianças, pressionando o atendimento pediátrico — serviço que foi reduzido nos hospitais da capital gaúcha, alerta a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul.
A chegada do outono marca o início da temporada de mudanças bruscas de temperatura, frio, chuvas mais frequentes e, consequentemente, maior incidência de síndromes respiratórias no Rio Grande do Sul. Essas doenças afetam especialmente crianças, pressionando o atendimento pediátrico — serviço que foi reduzido nos hospitais da capital gaúcha, alerta a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul.
"As melhorias atreladas à saúde da nossa população infantil, frequentemente utilizadas como justificativas para rearranjos assistenciais, não são suficientes para justificar o 'encolhimento' de nossa rede pediátrica. Estratégias adotadas nesta linha visando garantir a própria sobrevivência, desequilibram todo o sistema de saúde que já é insuficiente. Não podemos trabalhar com uma política simples de substituição, mas sim de adição norteada por qualificação e necessidades da população", ressalta o presidente da entidade, Sérgio Amantea, em nota.
Neste mês, instituições de saúde da capital já enfrentam dificuldades no atendimento pediátrico.
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) registrou pico de superlotação na Emergência Pediátrica nesta terça-feira (19). As equipes médicas atendiam 30 crianças nesta manhã, para nove vagas existentes.
"Todos os recursos materiais e humanos disponíveis, para atender a uma demanda superior ao triplo da capacidade", afirmou a instituição, em nota.
Já o Hospital Fêmina (HF), do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), iniciou a semana operando além da capacidade máxima na Obstetrícia. Dos 10 leitos disponíveis na UTI Neonatal, 12 estavam ocupados no domingo de Páscoa (17). Além disso, uma unidade intermediária com 20 vagas atendia 31 internações, número que desceu para 27 na terça.
O Hospital da Criança Conceição (HCC) recebeu, nesta manhã, 16 pacientes na Unidade de Decisão Clínica (UDC), com capacidade máxima de 14 leitos. Entre eles, 9 estavam internados e 7 em observação, de acordo com a instituição. Às 9h, pelo menos 10 pacientes aguardavam consulta e a projeção do HCC é de que a demanda aumente ao longo do dia.
A Sociedade de Pediatria sugere, como solução à questão, que os hospitais apresentem "um número adequado de profissionais nos pronto-atendimentos, salas de observação com uma retaguarda quantitativa adequada de leitos pediátricos e de assistência intensiva, um acesso facilitado à rede de postos com pediatras e municípios do interior com investimentos para tratamento de casos mais complexos".
"Fomos criativos em gerir e financiar espaços para assistência durante a pandemia, período em que a saúde de nossas crianças foi menos impactada que a dos adultos pela Covid. A ineficiência de nossa rede assistencial (pública e privada) foi silenciosamente agravada por um fenômeno de encolhimento. Estamos agora vendo o resultado da desestruturação de serviços e de leitos e o impacto da adoção de diferentes políticas de contratação e remuneração pela atividade profissional na pediatria. Crianças não são adultos pequenos e suas necessidades assistenciais são tão grandes quanto as dos adultos", destaca Amantea.
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