Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Segurança Pública

- Publicada em 28 de Março de 2022 às 19:08

Órgãos de Segurança Pública do Estado decidem manter ações de paralisação parcial nessa semana

Servidores estaduais da segurança pública estão desde 2014 sem reposição salarial

Servidores estaduais da segurança pública estão desde 2014 sem reposição salarial


Spindler Com./Amapergs Sindicato/Divulgação/JC
Mathias Boni
Entidades representativas dos órgãos de segurança pública do Rio Grande do Sul se reuniram na tarde desta segunda-feira (28) e decidiram manter as ações de paralisação parcial dos serviços que estão previstas para essa semana. A primeira paralisação já será nesta terça-feira (29), e a próxima na quinta-feira (31). As entidades pedem reposição salarial e melhores condições de trabalho desde à última semana, quando aproximadamente 5 mil servidores saíram às ruas para protestar.
Entidades representativas dos órgãos de segurança pública do Rio Grande do Sul se reuniram na tarde desta segunda-feira (28) e decidiram manter as ações de paralisação parcial dos serviços que estão previstas para essa semana. A primeira paralisação já será nesta terça-feira (29), e a próxima na quinta-feira (31). As entidades pedem reposição salarial e melhores condições de trabalho desde à última semana, quando aproximadamente 5 mil servidores saíram às ruas para protestar.
“Reuniram-se as entidades representativas dos órgãos de Segurança Pública do Estado para debater as medidas necessárias para que o Governo Estadual reconheça a especialidade do serviço essencial e indelegável das carreiras da segurança pública, apresentando proposição de reposição das perdas salariais inflacionárias acumuladas. As entidades civis decidiram manter a paralisação nos dias 29 e 31 de março, o que foi apoiado pelas entidades militares”, diz o comunicado oficial emitido após a reunião, que ocorreu na sede da Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep-RS), em Porto Alegre.
“Vamos parar algumas atividades nas delegacias, presídios e perícias. Temos a preocupação e a responsabilidade de não parar com o serviço total, e vamos manter atendimentos a ocorrências urgentes, crimes graves, flagrantes, movimentações nos presídios, mas parte dos servidores, lamentavelmente, vai ter que parar para tentar mostrar que nós precisamos dialogar e ter uma valorização”, complementa o delegado Fernando Soares, presidente da Asdep-RS.
Também assinaram a nota a Associação dos Comissários de Polícia (ACP-RS), o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sinpol-RS), o Sindicatos dos Agentes da Polícia Civil (Ugeirm-RS), o Sindicato dos Servidores do Instituto-Geral de Perícias (Sindiperícias), Associação dos Papiloscopistas (Aspapi-RS), Sindicato dos Servidores Penitenciários (Amapergs), a Associação dos Peritos Criminais (Acrigs), a Associação dos Oficiais da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar (Asof-BM), a Associação dos Sargentos Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (Asst-BM), a Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf), a Associação de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Abergs) e a Associação de Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra-RS). As entidades representativas ligadas aos servidores da Brigada Militar se juntaram hoje ao grupo manifestante. 
“Estávamos na expectativa de um anúncio do governo em relação à recomposição salarial. Isso não ocorreu, então, após essa reunião que realizamos com diversas entidades representativas da segurança pública, implementaremos as deliberações em relação às paralisações parciais”, afirma Saulo Felipe Basso dos Santos, presidente da Amapergs.
Apesar da ação prevista para esta terça-feira, o grupo segue no aguardo de um contato mais concreto do Governo Estadual. Ao mesmo tempo em que a falta de diálogo pode agravar a situação, uma aproximação pode inclusive suspender os próximos protestos, como destaca Fernando Soares.
“Desde à última reposição, a perda inflacionária chega a cerca de 50%, e no último mandato 24%. Com o regime de recuperação fiscal, existe uma previsão de nos próximos 10 anos também não ter recuperação salarial. A inflação explodindo, e vamos ficar 18 anos sem reposição?”, questiona o presidente da Asdep-RS.
“Se o governo continuar não nos atendendo, talvez para a próxima semana tenhamos que anunciar outras medidas ainda mais graves. Ao mesmo tempo, se o governo nos chamar para conversar, nós podemos suspender as ações. Havendo diálogo entre Governo do Estado e os órgãos da segurança pública, podemos chegar num acordo que seja bom para todos, principalmente para a sociedade, que vai ter seus servidores da segurança pública valorizados”, acrescenta.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO