Uma alternativa para tutores que apreciam viajar na estação mais quente do ano sem abrirem mão do bem-estar dos seus animais é contratar um pet sitter, termo em inglês que significa, basicamente, “babá de pet”. O profissional cuida do bichinho de estimação na ausência dos donos, oferecendo alimentação, água e cuidados. A atividade é muito versátil, sendo adaptável às necessidades de cada animal.
Gabriela Raugust Miranda é bióloga, graduanda em medicina veterinária e realiza o trabalho de pet sitter há cinco anos. "Na época, tinha saído do emprego e estava procurando outro. Esse trabalho estava em alta, como já tinha a biologia e estava com vontade de fazer a veterinária, além do amor incondicional pelos animais, minha tia sugeriu que eu pesquisasse sobre. Então pesquisei e investi nessa profissão", relata Gabriela.
A pet sitter relata que percebe um aumento no número de atendimentos no verão, durante o período de férias. "Sou procurada pelos tutores durante o ano inteiro, porém a partir de novembro, eles já começam a reservar as datas das festas de final de ano e período de férias de verão", conta Gabriela.
Até o momento, Gabriela só atendeu gatos, e se desloca até as casas dos animais para realizar o serviço. "Como eles têm comportamento territorialista e se estressam se retirados do ambiente de conforto, atendo os animais na própria residência. Porém, não tenho costume de receber os animais na minha, pois não tenho estrutura para dar conforto suficiente. Prefiro atender na casa dos animais", comenta.
Como funciona o serviço
Atendimento inclui cuidados com alimentação e brincadeiras com os bichanos
Laura Chouette/Unsplash/Reprodução/JC
O atendimento realizado pelo pet sitter prioriza o bem-estar do animal. Por isso, Gabriela Raugust faz visitas diárias aos bichinhos que duram, em média, uma hora e meia. "Nesse tempo que fico em presença dele, dou comida, limpo a caixinha, levo brinquedos e muito carinho para se sentir acolhido. Em relação a medicamentos, caso precise, administro também com a técnica que não há estresse", explica a pet sitter.
A profissional trabalha com dois pacotes: no primeiro, fica com o animal no tempo mencionado anteriormente, com maior atenção, carinho e brinquedos (que ela mesma faz); já o segundo tem como objetivo somente medicação e limpeza do ambiente, sendo mais rápido. Gabriela faz um cronograma de atendimentos, começando pelo endereço mais longe e terminando pelo mais perto. Na alta temporada, atende, em média, cinco apartamentos por dia.
"Como não conheço as pessoas que me chamam pessoalmente, marcamos um dia que ficar melhor para todos para nos vermos! Nesse dia, irei conhecer o animal e tu irá me mostrar a rotina dele. Onde fica a caixa, ração, brinquedos, onde ele pode ir, onde não pode... o básico da rotina do animal."
Contratar um pet sitter é vantajoso para o tutor, que paga menos do que se deixasse o animal em algum tipo de hospedagem. A demanda por esse atendimento tem ganhado destaque no mercado pet. Além de serviços a parte, como o de Gabriela, a procura por atendimentos através de plataformas tem aumentado consideravelmente. A DogHero, rede que reúne diversos serviços voltados aos animais, registrou um crescimento de 120% no primeiro semestre de 2021, em relação ao mesmo período de 2020.
Essa é a primeira matéria da série Verão Pet, que traz informações sobre o cuidado com os animais de estimação no verão e fatores recorrentes com os bichinhos nesta época do ano. Confira também a primeira matéria, sobre os cuidados necessários com os pets no verão. Nesta sexta (7), confira no Jornal do Comércio um problema que é intensificado no verão, mas tem raiz sistêmica: o abandono de animais.


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