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- Publicada em 07 de Dezembro de 2021 às 12:10

Técnico de som diz que todos os shows da banda que presenciou na Kiss tinham artefatos pirotécnicos

Julgamento dos réus do incêndio chegou ao sétimo dia nesta terça-feira (7)

Julgamento dos réus do incêndio chegou ao sétimo dia nesta terça-feira (7)


Foto: Juliano Verardi/IMPRENSA TJRS/JC
Juliano Tatsch
O julgamento dos quatro réus do incêndio da boate Kiss, ocorrido em 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria, que deixou 242 mortos e 636 feridos, chegou ao sétimo dia nesta terça-feira (7). A primeira pessoa ouvida no plenário do júri no Foro Central I de Porto Alegre foi Venâncio da Silva Anschau, que era técnico de som e trabalhava com a Banda Gurizada Fandangueira, e depôs na condição de testemunha convocada pela defesa do réu Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda.
O julgamento dos quatro réus do incêndio da boate Kiss, ocorrido em 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria, que deixou 242 mortos e 636 feridos, chegou ao sétimo dia nesta terça-feira (7). A primeira pessoa ouvida no plenário do júri no Foro Central I de Porto Alegre foi Venâncio da Silva Anschau, que era técnico de som e trabalhava com a Banda Gurizada Fandangueira, e depôs na condição de testemunha convocada pela defesa do réu Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda.
Conforme Anschau, todos os shows da banda na boate Kiss em que ele esteve presente tiveram o uso de artefatos pirotécnicos. “Nos que eu estive, foi feito”, disse. Além disso, o depoente garantiu que não ouviu de ninguém da casa um pedido para que a pirotecnia deixasse de ser usada na boate.
Um dos pontos questionados desde o início do julgamento por parte da acusação diz respeito ao fato de que nenhum integrante da banda ter usado os microfones para avisar ao público sobre o que estava acontecendo. O depoente afirmou que desabilitou o som da banda quando viu alguém subir no palco em meio à confusão e que não sabia o que estava ocorrendo. "Errei", afirmou.
Reprodução/YouTube TJ-RS/JC
Técnico de som da banda disse que a banda sempre usou fogos quando tocou na Kiss (Reprodução/YouTube TJ-RS/JC)
Na inquirição realizada por Jader Marques, advogado de Elissandro Spohr, um dos donos da casa noturna, o técnico de som foi questionado se a luva na qual era acoplado artefato pirotécnico era usada frequentemente pela banda. “Sempre era utilizado. Não lembro de uma vez que não era utilizado”, afirmou.
Ainda em seu depoimento, Anschau apontou que, em uma ocasião, questionou Luciano sobre o uso de artefatos com fogo nos shows e lhe foi dito para ficar tranquilo, pois aqueles eram artefatos “frios”, ou seja, não haveria risco de que causasse chamas ao entrar em contato com algo. O depoente também apontou que Luciano Bonilha, um dos réus, era um subordinado na banda, atuando como freelancer, e que quem mais tratava das questões da Gurizada Fandangueira era o gaiteiro, Danilo Jaques, que faleceu na tragédia.
À tarde, deverão ocorrer os depoimentos de mais duas testemunhas: Nivia da Silva Braido (arrolada pelo Ministério Público), e Gerson da Rosa Pereira (arrolada por Elissandro Spohr).
Entenda a acusação
Os quatro réus que estão sendo julgados pela tragédia respondem por homicídio simples (242 vezes consumado, pelo número de mortos; e 636 vezes tentado, número de feridos).
São eles:
  • Elissandro Callegaro Spohr – sócio da boate Kiss
  • Mauro Londero Hoffmann – sócio da boate Kiss
  • Marcelo de Jesus dos Santos – vocalista da Banda Gurizada Fandangueira
  • Luciano Bonilha Leão – produtor musical
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