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Geral

- Publicada em 25 de Novembro de 2021 às 03:00

Quase 1% das mortes no Brasil de 2008 a 2019 tinham relação com o saneamento

País teve 11,8 milhões de casos de doenças relacionadas ao saneamento de 2008 a 2019

País teve 11,8 milhões de casos de doenças relacionadas ao saneamento de 2008 a 2019


/EVARISTO SA/AFP/JC
Depois de 10 anos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou ontem mais uma edição do Atlas do Saneamento no Brasil. Conforme o estudo, apesar dos avanços no controle das Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI), elas ainda foram responsáveis por cerca de 0,9% de todos os óbitos ocorridos no Brasil entre 2008 e 2019, sendo a Doença de Chagas e as diarreias as mais recorrentes.
Depois de 10 anos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou ontem mais uma edição do Atlas do Saneamento no Brasil. Conforme o estudo, apesar dos avanços no controle das Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI), elas ainda foram responsáveis por cerca de 0,9% de todos os óbitos ocorridos no Brasil entre 2008 e 2019, sendo a Doença de Chagas e as diarreias as mais recorrentes.
Entre todas as mortes ocorridas por doenças infecciosas e parasitárias, às relacionadas ao saneamento representam 21,7%. Conforme o levantamento, entre 2008 e 2019, foram notificados 11.881.430 casos de DRSAI no Brasil, com 4.877.618 internações no Sistema Único de Saúde (SUS).
Doença de Chagas, diarreias e disenteria foram as principais causas de morte - quase 81,5% dos óbitos por DRSAI no período. Enquanto nas regiões Sudeste e Centro-Oeste as principais doenças são dengue, zika e chikungunya, na região Norte são as leishmanioses, na Região Nordeste, a esquistossomose, e, na região Sul, a leptospirose. "Esgoto a céu aberto colabora na proliferação dessas doenças, daí a correlação direta entre as enfermidades e o saneamento precário", afirma Daiane Ciriáco, geógrafa do IBGE.
O trabalho de 195 páginas salienta uma característica da distribuição por municípios dos serviços de saneamento no Brasil. Enquanto o abastecimento de água por rede geral está quase universalizado (99,6% dos municípios contam com o serviço), a coleta de esgoto ainda tem um déficit considerável (apenas 60,3% faziam coleta de esgoto em 2017).
Apenas dois estados (SP e RJ) e o Distrito Federal apresentam taxas superiores a 85% de domicílios atendidos pelo serviço de coleta de esgoto - respectivamente 93,2%, 87,5% e 86,6%. Em 17 (todos os da região Norte e sete do Nordeste, à exceção de Pernambuco e Bahia), as taxas de domicílios atendidos com coleta de esgotamento sanitário variaram de 9,9% (casos de Rondônia e Piauí) a 54%, no caso de Sergipe.
A coleta de esgoto e a distribuição de água estão intimamente ligadas. A reduzida abrangência da coleta de esgoto resultou no fato de que o principal tipo de poluição ou contaminação identificada na captação de água doce tenha sido exatamente por esgoto sanitário.
O IBGE também destacou o fato de que as duas regiões que apresentaram maior crescimento populacional - Norte e Centro-Oeste - são as que têm as maiores proporções de municípios sem coleta de esgoto, com 83,8% e 57%, respectivamente.
 
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