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Geral

- Publicada em 10 de Novembro de 2021 às 18:54

Carrefour deve lançar editais de bolsas de graduação e pós-graduação ainda em 2021

Após mudanças, empresa vê loja do Passo D'Areia como modelo no País

Após mudanças, empresa vê loja do Passo D'Areia como modelo no País


CARREFOUR/DIVULGAÇÃO/JC
Juliano Tatsch
O grupo Carrefour pretende lançar ainda em 2021 os editais para a distribuição de bolsas de estudo para cursos de graduação e pós-graduação acordados no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) fechado com o Ministério Público Federal em razão da morte de João Alberto Silveira Freitas, ocorrida em 19 de novembro de 2020, nas dependências do supermercado localizado no bairro Passo D’Areia, em Porto Alegre.
O grupo Carrefour pretende lançar ainda em 2021 os editais para a distribuição de bolsas de estudo para cursos de graduação e pós-graduação acordados no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) fechado com o Ministério Público Federal em razão da morte de João Alberto Silveira Freitas, ocorrida em 19 de novembro de 2020, nas dependências do supermercado localizado no bairro Passo D’Areia, em Porto Alegre.
Em setembro, foi homologado o TAC no valor de R$ 115 milhões como reparação de perdas ocasionadas pelo ocorrido no supermercado da capital gaúcha. Deste valor, R$ 68 milhões, prioritariamente, para bolsas em nível de graduação e de pós-graduação. “No início de janeiro deve ser publicado o relatório da auditoria do TAC. Mais de 60% do acordado com o MP já foi cumprido, o que se relacionava às nossas políticas internas. Por exemplo, em letramento racial, temos mais de 40 mil colaboradores que passaram por isso. As ações mais esperadas são os editais de qualificação profissional. O nosso acordo com o MPF é de três anos. Já estamos finalizando esse edital das bolsas de Ensino Superior. Ainda esse ano, acredito que divulgaremos esse edital”, afirma Cristiane Lacerda, diretora de Recursos Humanos e Diversidade da empresa no Brasil.
Nesta quarta-feira (10), o Carrefour realizou um evento chamado Diálogos que Transformam, que tratou de diversos pontos relacionados ao processo de pelo qual a empresa passa após o ocorrido há um ano em Porto Alegre. “Um ano após o 19 de novembro, após o assassinato do João Alberto, dizemos que esse ano foi de muito aprendizado para nós, onde mergulhamos profundamente na questão racional para entendermos o que é o racismo estrutural. Considerando o nosso tamanho, temos uma responsabilidade e podemos usar dessa responsabilidade frente à nossa cadeia, usando a nossa capacidade de mobilização, para que todos possam se engajar nessa mesma luta”, destaca Cristiane.
Entre as mudanças realizadas na estrutura da empresa, está o incremento na mão de obra de pessoas pretas. Atualmente, 56% dos funcionários do Carrefour no Brasil são pessoas pretas. “Esse ano, aumentamos o número. De todas as pessoas contratadas em 2021, 61% se autodeclararam pretos e pardos. Além disso, criamos trilhas de carreira para que esses colaboradores tenham mais oportunidades na empresa. Escolhemos 100 pessoas negras no grupo - vamos fazer com 100 pessoas negras por ano - para que elas passem por um trabalho mais aprofundado de aceleração de carreira, trabalhando com qualificação”, salienta a diretora de RH da companhia.
De acordo com o diretor de Segurança Corporativa da empresa, Claudionor Alves, outra mudança estrutural diz respeito à área de segurança, que passa por um processo de maior diversidade racial. “De dezembro do ano passado até aqui, contratamos mais de 1.100 colaboradores para a área de segurança com base no modelo de segurança humanizada, sendo que 67% desses colaboradores se declararam negros”, destaca o gestor, apontando que a loja do Passo D’Areia, onde ocorreu a morte de João Alberto, passou a ser um modelo para todo o grupo no País. “Essa loja, passou por grandes transformações, do ponto de vista de pessoas e procedimental, com políticas novas, como a política de tolerância zero, que traz o compromisso de não somente entender que existe o racismo no Brasil, mas de nos comportarmos como antirracistas”, afirma Alves.
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