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- Publicada em 16 de Outubro de 2021 às 09:28

Atividades práticas presenciais em cursos da Ufrgs permanecerão restritas no próximo semestre

Grande parte das práticas do curso de Medicina são feitas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Grande parte das práticas do curso de Medicina são feitas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre


SILVIO AVILA/HCPA/DIVULGAÇÃO/JC
O segundo semestre do ano letivo de 2021 da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), que começa em 17 de janeiro, será na modalidade híbrida, com atividades práticas presenciais restritas. As coordenações dos cursos de graduação ficarão responsáveis por decidir quais atividades deverão ser realizadas dessa forma. Os estudantes saberão a carga horária de aulas presenciais de cada disciplina antes de realizar a matrícula.
O segundo semestre do ano letivo de 2021 da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), que começa em 17 de janeiro, será na modalidade híbrida, com atividades práticas presenciais restritas. As coordenações dos cursos de graduação ficarão responsáveis por decidir quais atividades deverão ser realizadas dessa forma. Os estudantes saberão a carga horária de aulas presenciais de cada disciplina antes de realizar a matrícula.
“Somente a carga horária que for essencial dessas atividades será realizada de forma presencial restrita. Mas, no próximo semestre, aquelas atividades que puderem ainda serem realizadas de forma simulada, serão”, pontua o vice pró-reitor de Graduação da universidade, Leandro Raizer. Ele entende que ainda é cedo para pensar em um retorno presencial como era antes da pandemia. “Estamos falando de fazer uma transição. E entendemos que esse era o momento de iniciar essa transição, já que os indicadores melhoraram”, defende.
Entre as preocupações para essa tomada de decisão, está a segurança dos alunos, professores e funcionários da universidade. Raizer afirma ficar atento aos surtos, que já aconteceram em outras instituições e, inclusive, em escolas. “Todos os  nossos cursos da saúde, que são 14, estão em modelo presencial restrito e até hoje não tivemos nenhum surto. Queremos continuar nessa boa direção”, afirma.
A diretora da Faculdade de Medicina da Ufrgs, Lúcia Kliemann, explica que, como grande parte das práticas do curso de Medicina são feitas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), é necessário levar em consideração as recomendações do hospital, além das recomendações de segurança da universidade. “Acho que não vamos conseguir fazer 100% da carga prática de maneira presencial para todos os alunos ainda, mas a ideia é aumentar conforme for possível.”
Ela explica que o curso de Medicina é dividido em três partes: o ciclo básico, nos primeiros três semestres, que têm poucas práticas; o ciclo clínico, do quarto ao oitavo semestre, que conta com 50% da carga horária composta de atividades práticas; e o internato, do nono ao décimo segundo semestre, que tem aproximadamente 90% de atividades práticas. “Eles reduziram um pouco a quantidade de práticas sim, mas o internato não reduziu em nada”, diz.
O internato é o único ciclo do curso de Medicina que não tem as aulas práticas funcionando em formato de rodízio (quando a turma é dividida em grupos que frequentam as aulas em dias alternados). “Enquanto alguns grupos estão em práticas presenciais, outros estão em práticas simuladas”, conta Lúcia.
Ela acredita que há possibilidades de haver um prejuízo na aprendizagem por conta da redução no número de práticas, mas nada confirmado. “A nossa esperança é que esse prejuízo possa ser compensado nesses dois anos de internato, porque é um período de muita exposição dos alunos”, complementa. Os alunos de Medicina fazem, anualmente, o Teste de Progresso, aplicado pela Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), para testar os níveis de aprendizagem. "Então poderemos avaliar a partir desse ano e do ano que vem se houve prejuízo ou não”, comenta.
Como a decisão de definir quais atividades serão nessa nova modalidade está sob a responsabilidade das coordenações dos cursos, Raizer afirma que foi recomendado que o planejamento seja compartilhado com os estudantes. Alguns cursos fizeram formulários para que os estudantes possam responder se concordam com o retorno, se já foram vacinados, se continuam morando em Porto Alegre ou, ainda, se tem alguma comorbidade ou se moram com alguém que seja do grupo de risco, por exemplo.
Alguns questionários pedem para os alunos opinarem sobre o processo de aprendizagem no Ensino Remoto Emergencial (ERE) estabelecido pela Ufrgs. “É o momento de fazer esse diagnóstico. Ver se há algum prejuízo pedagógico e, se sim, em qual semestre ou em qual disciplina. Ver se temos como mitigar isso. Se o presencial restrito for ajudar, podemos planejar. Então é importante que a comunidade participe”, ressalta Raizer.
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