Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 21 de Setembro de 2021 às 14:25

Primavera inicia nesta quarta-feira e deve ser com menos chuva no Rio Grande do Sul

Nova estação tem início às 16h21min desta quarta-feira (22)

Nova estação tem início às 16h21min desta quarta-feira (22)


JOYCE ROCHA/JC
Juliano Tatsch
O inverno se despede às 16h21min desta quarta-feira (22), quando tem início a primavera no hemisfério Sul do planeta. A estação das cores deve ser influenciada pela ocorrência do fenômeno La Niña, que deve afetar significativamente o clima no Brasil.
O inverno se despede às 16h21min desta quarta-feira (22), quando tem início a primavera no hemisfério Sul do planeta. A estação das cores deve ser influenciada pela ocorrência do fenômeno La Niña, que deve afetar significativamente o clima no Brasil.
Ao contrário do El Niño, o La Niña ocorre quando há um resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico equatorial. Conforme a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Márcia Seabra, há cerca de 70% de chance de que ocorra o La Niña durante a primavera. “Estamos prevendo um fenômeno de curta duração e não muito intenso, devendo ter uma intensidade fraca”, afirma a especialista.
A meteorologista da MetSul Meteorologia, Estael Sias, porém, aponta que o La Niña deve ganhar força com o passar dos meses, atingindo o seu pico entre o fim do ano e o começo de 2022, devendo ser um episódio de intensidade no mínimo moderada.
Os prognósticos do Inmet indicam uma primavera com menos chuva do que o normal na região Sul do Brasil, e ligeiramente acima da média no resto do País. “É isso o que mostra a média quando em ocorrências de La Niña”, diz Márcia. Ainda em relação à precipitação, ela deve ser menor principalmente nos meses de outubro e novembro, voltando a ficar mais próxima da normalidade no mês de dezembro.
Em casos de primaveras sem a ocorrência do fenômeno, o Estado costuma ter chuva frequente na estação. No entanto, a região Sul brasileira é uma das que mais sofrem com o La Niña, que atua como redutor de chuvas.
“A primavera deve ter chuva irregular mais uma vez neste ano, assim como ocorreu em 2020 com impacto na cultura de milho e alto risco de quebra de produtividade em muitas áreas. Espera-se uma grande variabilidade das precipitações de região para região na distribuição da chuva com tendência de volumes abaixo a muito abaixo da média histórica durante grande parte da primavera no Sul do Brasil”, observa Estael.
A MetSul Meteorologia alerta que, à medida que o verão se aproximar, a irregularidade da chuva tende a se acentuar, e algumas áreas do território gaúcho podem enfrentar maior déficit hídrico, com ameaça de prejuízos em lavouras de ciclo precoce como as de milho.
Estael também alerta para o fato de a primavera ser o período com maior frequência de tempestades. “Neste ano, com o Pacífico Leste mais frio do que o normal ou sob La Niña, a MetSul avalia que a frequência de tempestades pode não ser tão alta como se estivéssemos sob El Niño, mas quando os temporais ocorrerem podem ser muito intensos pelo maior contraste térmico entre massas de ar frio e quente. Por isso, episódios de vendavais intensos e destrutivos localizados não necessariamente serão frequentes, mas quando ocorrerem podem ser severos.”
Já no que diz respeito à temperatura durante dos meses primaveris, a previsão do Inmet é de que o trimestre seja de temperatura próxima da média do período, com exceção da região Noroeste gaúcha, que deverá ter temperaturas levemente acima da média.
De acordo com a MetSul, em pontos da Metade Sul, em especial, a estação pode ter marcas um pouco abaixo da média. “O Pacífico mais frio tende a favorecer uma maior probabilidade de que se registrem incursões pontuais de ar frio tardias, porém de curta duração, com um risco agravado de geada em baixadas de localidades do Sul gaúcho e de maior altitude da Metade Norte. No passado, sob La Niña, houve dias de frio e geada até em novembro”, conclui Estael.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO