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Geral

- Publicada em 17 de Setembro de 2021 às 13:54

Com 30 mil cirurgias eletivas represadas, Porto Alegre fará mutirão de procedimentos

Arrefecimento da pandemia aliviou hospitais, mas aumentou demanda por procedimentos

Arrefecimento da pandemia aliviou hospitais, mas aumentou demanda por procedimentos


ANDRAS UNGOR/ADPF/AFP/JC
Juliano Tatsch
O saldo da pandemia do novo coronavírus em Porto Alegre até agora não se resume às mais de 181 mil pessoas contaminadas e às 5.560 que perderam a vida para a Covid-19, ainda que estas sejam as marcas mais visíveis da crise sanitária que já dura mais de um ano e meio na cidade. Entretanto, outras sequelas na rede de saúde pública também se fazem presentes, ainda que menos aparentes. Uma delas diz respeito à suspensão, atraso ou cancelamento da realização de cirurgias eletivas.
O saldo da pandemia do novo coronavírus em Porto Alegre até agora não se resume às mais de 181 mil pessoas contaminadas e às 5.560 que perderam a vida para a Covid-19, ainda que estas sejam as marcas mais visíveis da crise sanitária que já dura mais de um ano e meio na cidade. Entretanto, outras sequelas na rede de saúde pública também se fazem presentes, ainda que menos aparentes. Uma delas diz respeito à suspensão, atraso ou cancelamento da realização de cirurgias eletivas.
Atualmente, Porto Alegre tem em torno dos 30 mil procedimentos cirúrgicos eletivos aguardando serem realizados. Estes pacientes foram atendidos pelo médico especialista e receberam a indicação de cirurgia e já estão autorizados pela Regulação no sistema Gerint (Gerenciamento de Internações), dependendo apenas do fluxo interno dos hospitais.
Além disso, há cerca de 58 mil consultas eletivas de especialidades cirúrgicas em fila de espera. Conforme a Secretaria Municipal da Saúde (SES-RS), nas especialidades cirúrgicas, entre 30% a 50% dos casos é indicado algum procedimento cirúrgico após a avaliação do especialista – o percentual varia de acordo com a especialidade.
Em razão desses números tão altos, o prefeito Sebastião Melo foi buscar em Brasília, junto ao Ministério da Saúde, soluções para o problema. Segundo a prefeitura, o governo federal garantiu auxiliará a prefeitura na realização de um mutirão de cirurgias eletivas que ficaram represadas em função da pandemia. “Queremos acelerar este processo para zerar o quanto antes esta demanda que ficou represada. Nossas atenções estão voltadas para o combate da pandemia. Agora, com a redução das internações na rede hospitalar somada a nossa campanha de vacinação em massa, poderemos, com apoio do Ministério da Saúde, colocar em dia as cirurgias eletivas”, afirma Melo.
A pandemia afetou diretamente os números. De acordo com a SMS, no cenário pré-Covid, a Capital tinha uma oferta de cerca de 20 mil primeiras consultas médicas especializadas por mês para a regulação, e eram realizadas, em média, 4,5 mil internações mensais para procedimentos eletivos. Com a chegada do novo coronavírus e a necessidade de enfrentamento da pandemia, foi necessário diminuir a oferta de consultas e procedimentos eletivos em várias especialidades.
Nos últimos meses, com a crise sanitária perdendo força, a oferta de consultas e procedimentos vem sendo retomada. Conforme a prefeitura, hoje ela está próxima a 80% da oferta anterior à pandemia. Isso, porém, vem acompanhado por outra situação. As pessoas voltaram a procurar os serviços de saúde com as necessidades represadas durante a pandemia, levando ao aumento de solicitações de consultas especializadas eletivas, acima da média habitual.
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