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- Publicada em 08 de Agosto de 2021 às 17:41

Prefeitos buscam apoio do Estado e da União para enfrentar crise do transporte metropolitano

Prefeituras da Grande Porto Alegre querem garantir a redução dos custos de operação do transporte

Prefeituras da Grande Porto Alegre querem garantir a redução dos custos de operação do transporte


PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Prefeitos da Associação dos Municípios da Grande Porto Alegre (Granpal) se reuniram neste sábado (7) para debater a crise do transporte metropolitano, que está sob ameaça de paralisação. Na reunião emergencial, convocada pelo presidente da entidade e prefeito da Capital, Sebastião Melo (MDB), os prefeitos decidiram, consensualmente, que o entrave precisa ser dividido com os governos federal e estadual, responsável pelas concessões.
Prefeitos da Associação dos Municípios da Grande Porto Alegre (Granpal) se reuniram neste sábado (7) para debater a crise do transporte metropolitano, que está sob ameaça de paralisação. Na reunião emergencial, convocada pelo presidente da entidade e prefeito da Capital, Sebastião Melo (MDB), os prefeitos decidiram, consensualmente, que o entrave precisa ser dividido com os governos federal e estadual, responsável pelas concessões.
O conjunto de líderes municipais deve se encontrar com o governador Eduardo Leite para buscar uma saída coletiva na próxima semana. A curto prazo, a proposta é que o Piratini isente o ICMS do diesel e outros insumos do transporte, garantindo a redução dos custos de operação. Chamar a gestão estadual e a União para participar desta construção está na pauta na Granpal.
A Assembleia Legislativa também se soma ao debate. Por iniciativa da deputada estadual Patricia Alba (MDB), a pauta proposta pelos prefeitos será discutida em audiência pública. “Este debate é da sociedade. Hoje, a passagem está cara e as linhas reduzidas. O resto do mundo já resolveu esse problema e o Brasil ainda não. Esse debate não é isolado nosso, precisa ser do país”, afirmou Melo, que tem discutido com prefeitos de diversas capitais o assunto, e que afirmou a intenção de levar a questão à Brasília, com apoio da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (PT), reforçou que a greve do transporte foi prorrogada e que o problema vai se agravar, caso não surja uma solução efetiva. “A crise é profunda e o problema deve ser compartilhado”, enfatizou. Já o líder do Executivo de Gravataí, Luiz Zaffalon (MDB), disse que atualmente o número de usuários corresponde a 40% do que havia em 2013. “Essa é a realidade de praticamente todas as cidades. O sistema faliu. Precisamos criar o SUS do transporte público, com a participação de todos entes federados”, defendeu.
“Toda população metropolitana vai e vem de Porto Alegre e, mesmo que andem de trem, antes de chegar na linha do trem, pegam o transporte municipal. É integrado na necessidade, mas desintegrado no planejamento e na operação”, defende o prefeito de Sapucaia do Sul, Volmir Rodrigues (Progressistas).
A preocupação do conjunto de prefeitos também é pelo aumento do problema social que uma greve pode acarretar. Melo garante que, somente no Hospital Santa Casa de Misericórdia, mais de 500 profissionais dependem do transporte público metropolitano. “O trabalhador anda de ônibus e se o transporte parar, tudo para: saúde, economia, comércio”, salienta. A deputada estadual Patrícia Alba disse que a paralisação pode comprometer 60% do transporte de uma região que possui mais de 3 milhões de habitantes. “O problema é profundo e urgente. Passa pelas prefeituras, mas também pela Assembleia, pelo Estado e pela União”, argumenta.
Na sexta-feira (6), o governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Articulação com os Municípios (SAAM), se reuniu com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários Intermunicipais, de Turismo e Fretamento da Região Metropolitana (SindiMetropolitano), com a Associação dos Transportadores Intermunicipais Metropolitanos de Passageiros (ATM) e com o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do RS (SETERGS), definindo pela criação de um grupo de trabalho emergencial para a busca de alternativas para a pauta. Com o acordo, o movimento de greve previsto para a próxima semana foi temporariamente suspenso.
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