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Geral

- Publicada em 13 de Junho de 2021 às 17:18

Pacientes que utilizam imunossupressores devem consultar médico antes de se vacinar contra a Covid-19

Qualquer uma das vacinas disponíveis irá proteger os pacientes autoimunes contra a Covid-19

Qualquer uma das vacinas disponíveis irá proteger os pacientes autoimunes contra a Covid-19


LUIZA PRADO/JC
Pacientes com doenças autoimunes que fazem tratamento com imunossupressores podem ter resposta vacinal diferente de outras pessoas. Ainda sim, a vacinação contra a Covid-19 é recomendada. O grupo já está presente na lista de comorbidades e de condições de saúde que recebem prioridade de vacinação, divulgadas pelo Ministério da Saúde. Diante disso, especialistas sugerem que os pacientes conversem com seus médicos para saber qual o melhor momento para tomar a vacina.
Pacientes com doenças autoimunes que fazem tratamento com imunossupressores podem ter resposta vacinal diferente de outras pessoas. Ainda sim, a vacinação contra a Covid-19 é recomendada. O grupo já está presente na lista de comorbidades e de condições de saúde que recebem prioridade de vacinação, divulgadas pelo Ministério da Saúde. Diante disso, especialistas sugerem que os pacientes conversem com seus médicos para saber qual o melhor momento para tomar a vacina.
Artrite Reumatóide, Espondilite Anquilosante, Esclerose Múltipla, Dermatite Atópica, Doença Inflamatória Intestinal e Lúpus Eritematoso Sistêmico são exemplos de doenças que configuram essa condição de saúde. Doenças autoimunes são aquelas que surgem quando o sistema imunológico do paciente começa a produzir anticorpos contra os componentes do próprio organismo. O grupo de doenças autoimunes é variado e pode ser tratado pelas mais diferentes especialidades médicas, como reumatologia e neurologia.
A chefe do serviço de reumatologia do Hospital Moinhos de Vento, Karina Gatz Capobianco, afirma que, nos casos das doenças reumatológicas, a recomendação é tomar a vacina. “O paciente com doença reumática autoimune ativa e que está tendo que ser imunossuprimido, com altas doses de corticoide ou de imunossupressor, deve ser vacinado precocemente, porque esse paciente tem chances de evoluir à Covid-19 de forma grave”, explica. Da mesma forma, pacientes que estão com a doença controlada mas que, para isso, usam altas doses desses medicamentos, também devem receber prioridade.
Para que esses pacientes consigam a vacina, segundo o Quadro de Comorbidades divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, é necessário que apresentem um laudo médico ou receita médica que comprove a utilização de prednisona ou equivalente em dose superior a 10 mg/dia, façam pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida. “Mas só o fato de usar imunobiológico não significa que, necessariamente, o paciente corre mais risco de contrair a infecção. Por isso, o paciente deve conversar com o médico para que seu caso seja analisado”, acrescenta Karina.
Para as doenças autoimunes neurológicas a recomendação é a mesma, ainda mais no caso da esclerose múltipla. Segundo o gestor do serviço de neurologia do Hospital Mãe de Deus, Henrique Mohr, não há contraindicações das vacinas contra Covid-19 para pacientes com essa condição. “Em algumas situações específicas, dependendo do medicamento para controle da doença que o paciente usa, pode haver uma interferência no desenvolvimento de imunidade pós-vacinação”, acrescenta. Mas isso não quer dizer que algum medicamento impeça o uso da vacina.
“Para algumas medicações específicas, pode ser necessário adequar o momento da vacina em relação à dose do remédio que o paciente toma”, afirma. De acordo com Mohr, é aconselhável que, em alguns casos, o paciente espere algumas semanas para tomar o imunizante depois da medicação para a esclerose múltipla. “Mas a mensagem geral é que a prioridade é a vacina. O risco de a Covid-19 causar algo grave nesses pacientes é maior do que de eles desenvolverem alguma complicação pelo uso da vacina ou pela pausa da medicação.” O ideal é que o paciente converse com o médico antes de tomar a vacina.
Karina explica que a dúvida sobre a resposta vacinal para esses pacientes é por conta dos medicamentos. “O corticoide e o imunossupressor têm uma imunossupressão não seletiva. Então as mesmas células que produzem anticorpos contra o vírus, que é o que queremos ao vacinar o paciente, também vão ficar inibidas com o uso de doses altas desses remédios”, complementa. Ambos os especialistas enfatizam que qualquer uma das vacinas irá proteger os pacientes contra a Covid-19. A única diferença é que a proteção não será igual a de pessoas sem doenças autoimunes, que terão resposta vacinal melhor.
“Nenhuma das vacinas que existem no mercado têm vírus vivo. Ou é vírus inativado, ou proteína ou uma vacina de RNA mensageiro. Então, por mais que as pessoas utilizem medicamentos imunossupressores, não existe o risco de desenvolver Covid-19 por causa da vacina”, explica Mohr. O neurologista garante, ainda, que, no caso da esclerose múltipla, a vacina não causa surtos e nem piora os casos da doença.
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