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- Publicada em 12 de Junho de 2021 às 01:44

Carrefour fecha acordo de R$ 115 milhões no RS em caso João Alberto

Após morte de João Alberto, o Beto, protestos marcaram reação à rede de supermercados

Após morte de João Alberto, o Beto, protestos marcaram reação à rede de supermercados


SILVIO AVILA/AFP/JC
Um dos maiores grupos varejistas do mundo, o francês Carrefour firmou acordo, nesta sexta-feira (11), com autoridades ligadas a Ministérios Públicos e Defensoria Pública gaúchos e instituições de cultura afro no valor de R$ 115 milhões para custear ações de enfrentamento ao racismo, com foco na educação. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) faz parte de tratativas decorrentes da morte de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, dentro de uma das filiais da rede em Porto Alegre.
Um dos maiores grupos varejistas do mundo, o francês Carrefour firmou acordo, nesta sexta-feira (11), com autoridades ligadas a Ministérios Públicos e Defensoria Pública gaúchos e instituições de cultura afro no valor de R$ 115 milhões para custear ações de enfrentamento ao racismo, com foco na educação. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) faz parte de tratativas decorrentes da morte de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, dentro de uma das filiais da rede em Porto Alegre.
O caso, em 19 dde novembro de 2020, teve repercussão mundial. João Alberto era negro e foi morto de forma brutal, após ser gopleado e asfixiado por seguranças do hipermercado, localizado na Zona Norte de Porto Alegre. A violência e suas consequências lembraram o episódio com o norte-americano George Floyd, morto também por asfixia em ação policial em maio de 2020.   
A negociação vem ocorrendo desde o fim do ano passado. Em outra reunião recente, o acerto quase saiu
O TAC envove Ministério Público do Estado (MP-RS), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública do Estado, Defensoria Pública da União (DPU) e a Educafro – Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos.
Em nota, o MP-RS esclarece que o TAC prevê que o Carrefour tem de implementrar um Plano Antirracista, que deve contemplar medidas internas e de impacto social, como protocolos de segurança, relações de trabalho, canal de denúncias, treinamentos para dirigentes e trabalhadores em relação a atos de discriminação e racismo estrutural.
O valor vai ser direcionado a bolsas de educação formal (R$ 74 milhões), contribuição para projeto museológico, campanhas educativas e projetos sociais de combate ao racismo (R$16 milhões) e projetos de inclusão social (R$ 10 milhões).
Por nota, a rede francesa aponta que as ações querem evitar que novos casos como de João Alberto se repitam. "O objetivo é ajudar a evitar que novas tragédias se repitam. Com este novo passo, o Grupo Carrefour Brasil reforça sua postura antirracista, ampliando sua política de enfrentamento à discriminação e à violência, bem como da promoção dos direitos humanos em todas as suas lojas”, comenta, por nota, Noël Prioux, presidente do Grupo Carrefour Brasil.
No final de maio, a rede concluiu o nono e último acordo de indenização com os familiares de João Alberto. Até abril, oito membros da família já haviam formalizado e recebido os valores dos acordos com a empresa, incluindo os quatro filhos, a enteada, a neta, a irmã e o pai de João Alberto.
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