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Ary Nienow, 'guardião' do Planetário da Ufrgs, morre aos 70 anos
Desde 1972 Nienow operava o aparelho que faz as projeções celestes no local
LIVIA PASQUAL/UFRGS/DIVULGAÇÃO/JC
O Planetário da Ufrgs perdeu seu guardião. O físico Ary Nienow, 70 anos, que desde 1972 operava o aparelho que faz as projeções celestes no local, faleceu na madrugada deste domingo (18), no Hospital Regina, em Novo Hamburgo. Nienow sofria com problemas renais e fazia hemodiálise.
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O Planetário da Ufrgs perdeu seu guardião. O físico Ary Nienow, 70 anos, que desde 1972 operava o aparelho que faz as projeções celestes no local, faleceu na madrugada deste domingo (18), no Hospital Regina, em Novo Hamburgo. Nienow sofria com problemas renais e fazia hemodiálise.
Nascido em 7 de junho de 1950, em Dois Irmãos, Nienow começou a trabalhar no Planetário ainda estudante, quando o local, situado na esquina da rua Ramiro Barcelos com avenida Ipiranga, entrou em funcionamento, em 1972.
"Tudo começou em 1972, em agosto, quando, no Instituto de Física (da Ufrgs), colocaram no mural um cartaz procurando um bolsista que falasse alemão para trabalhar no Planetário", lembra Nienow, em depoimento ao programa "Meu lugar na Ufrgs", da TV Ufrgs. Sua primeira atividade foi servir de intérprete aos técnicos alemães que estavam instalando os equipamentos no Planetário de Porto Alegre, um dos primeiros no Brasil.
VÍDEO: Depoimento de Ary Nienow à TV Ufrgs
Logo, através de concurso público, conseguiu uma vaga para trabalhar na operação e manutenção do aparelho que projeta imagens de astros, planetas e estrelas no teto da instalação, hoje fechada devido à pandemia.
Além de falar do seu trabalho no programa de TV da Ufrgs, sua atividade no Planetário também foi tema do documentário O Homem que Conserta Estrelas, de 2013, dirigido por Denise de Marchi.
VÍDEO: Assista ao documentário sobre a trajetória do "guardião" do Planetário
Nienow atuou até 2020 no Planetário, completando quase 50 anos de dedicação à divulgação e demonstração de como ocorre a movimentação dos astros a estudantes e ao grande público, difundindo, assim, a ciência da astronomia.
Nienow também era conhecido pelo apelido “Magrão”, desde os tempos em que atuou como jogador de futebol do Sete de Setembro de Dois Irmãos, clube de futebol amador ao qual seguiu vinculado depois, atuando no departamento dos veteranos.
Nienow era casado com Ione Maria Bonotto da Luz. Ele também deixa o filho, Júlio Nienow. Os atos fúnebres ocorrem na Capela Municipal de Dois Irmãos neste domingo. A cerimônia de despedida será às 16h, no Cemitério Evangélico do município.