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- Publicada em 17 de Janeiro de 2021 às 18:26

'Não temos a informação número 1: quantas doses chegarão', diz secretária da Saúde do RS

'Se vierem 100 mil doses e preciso de mais de 900 mil, teremos de fazer escolhas', diz Arita

'Se vierem 100 mil doses e preciso de mais de 900 mil, teremos de fazer escolhas', diz Arita


MARIANA ALVES/JC
Patrícia Comunello
O Rio Grande do Sul aguarda uma informação decisiva para saber como será o começo da vacinação contra a Covid-19: quantas doses serão enviadas esta semana, após o aval da Anvisa para os imunizantes Coronavac e da Fiocruz/Oxford. O governador Eduardo Leite projeta que a aplicação começa até quinta-feira (21).
O Rio Grande do Sul aguarda uma informação decisiva para saber como será o começo da vacinação contra a Covid-19: quantas doses serão enviadas esta semana, após o aval da Anvisa para os imunizantes Coronavac e da Fiocruz/Oxford. O governador Eduardo Leite projeta que a aplicação começa até quinta-feira (21).
O Ministério da Saúde confirmou que a largada será na quarta-feira (20).
"Temos toda a organização para a campanha da vacinação. Agora não temos a informação número 1: quantas doses chegarão ao Estado", admitiu a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, na Entrevista Especial das segundas-feiras da Editoria de Política, cuja íntegra estará na edição desta segunda-feira (18) do Jornal do Comércio. O tema principal é a largada da campanha de imunização. O conteúdo estará em vídeo e no site do JC.
Arita disse que o Rio Grande do Sul soma 972 mil pessoas no grupo prioritário da primeira fase do plano Nacional de Imunização (PNI), que inclui profissionais de saúde da linha de frente de atendimento da casos Covid-19, idosos com mais de 80 anos e que estão em asilos e instituições de cuidados -, indígenas e quilombolas. Este número de doses não virá agora. 
"Se vierem 100 mil doses e preciso de mais de 900 mil, teremos de fazer escolhas, que serão feitas a partir de critérios", garante a secretária, citando que "os critérios" para definir a população a ser vacinada ante a escassez de oferta - e serão doses duas por pessoa -, já foram discutidos pela sua equipe.
Arita adiantou que os primeiros a serem vacinados serão "os profissionais que estão em UTIs e nas enfermarias, ou seja, dentro dos hospitais, e trabalhadores que estão em centros de triagem Covid (onde os casos chegam, mas sem confirmação) e no transporte de pacientes".
O governo federal tem assegurado, até agora, quase 5 milhões de doses do Instituto Butantan. A carga de 2 milhões de doses da vacina de Oxford virá da Índia, mas a data da chegada ainda não está definida. O governo indiano proibiu a liberação da carga antes do começo da imunização no país, que começou sexta-feira (15).  
Ela ainda observou que não haverá prioridade para algumas localidades. A distribuição vai seguir regras da campanha para fazer chegar doses a "todas as pontas", diz. 
"Não posso escolher que vou vacinar primeiro Porto Alegre e não Pelotas. Mesmo que a quantidade seja pequena, tenho de ter imunizante para colocar em todas as pontas, mesmo que o número não seja e não será suficiente", avisa.
"A menos que o ministério (da Saúde) diga que é para aplicar as doses primeiro nas capitais, o que não acredito que vá acontecer. Não seria justo, pois estaria tratando de forma diferente as pessoas e todas têm direito ao acesso."
O Rio Grande do Sul projeta vacinar até a metade do ano 4,5 milhões de pessoas. "Pretendemos alcançar um terço da população, se recebermos as doses suficientes", condiciona a titular da pasta da saúde. 
Arita também admitiu, na entrevista especial, que está preocupada com o comportamento de quem não for imunizado. Ela lembra que crianças e gestantes não receberão as doses, porque não houve testes desses grupos. 
Por isso, a secretária reforça que os cuidados serão decisivos. O governo, segundo ela, terá campanha de comunicação para bater na adoção de cuidados e cobra que os municípios também terão trabalhar com suas populações que não terão a vacina tão cedo.
"O uso de máscara, álcool em gel e lavar as mãos com frequência ficarão por muito tempo", reforça.
Na entrevista, Arita comentou ainda sobre o pedido de ajuda de Manaus, devido ao colapso do sistema de saúde na capital do Amazonas. O Estado, contou ela, ofereceu leitos para receber doentes, mas, por enquanto, não haverá remoção de pessoas porque outros estados mais próximos do Amazonas estão dando o apoio na transferência. 

VÍDEO: Secretária de Saúde do RS fala sobre ajuda para Manaus 

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