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- Publicada em 06 de Janeiro de 2021 às 16:53

UFPel pode ir à Justiça contra nomeação feita por Bolsonaro para a reitoria

UFPel está mobilizada para reverter a decisão de Bolsonaro para  a nova gestão da reitoria

UFPel está mobilizada para reverter a decisão de Bolsonaro para a nova gestão da reitoria


REPRODUÇÃO FLICKR UFPEL/JC
Fernanda Crancio
A atual gestão da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e a chapa eleita no processo interno para substituição do atual reitor, Pedro Hallal, não descartam apelar judicialmente para reverter a nomeação da professora Isabela Fernandes Andrade para reitora.
A atual gestão da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e a chapa eleita no processo interno para substituição do atual reitor, Pedro Hallal, não descartam apelar judicialmente para reverter a nomeação da professora Isabela Fernandes Andrade para reitora.
Segunda colocada na listra tríplice enviada ao governo federal, a docente foi escolhida por Jair Bolsonaro, nesta quarta-feira (6), para comandar a instituição de ensino até 2024. A nomeação saiu no Diário Oficial da União.
Com a decisão, o presidente da República rompe, mais uma vez, com a tradição de confirmar o primeiro colocado nas eleições internas de universidades federais, como fez na indicação do atual reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Carlos André Bulhões, terceiro colocado na consulta à comunidade universitária
De acordo com a Associação dos Docentes da UFPel (Adufpel), a nomeação de outro candidato não escolhido em primeiro lugar já era uma preocupação antes mesmo do envio dos nomes ao Ministério da Educação (MEC).
Tanto que os três indicados na lista tríplice eram integrantes da chapa vencedora na eleição interna, liderada pelo professor Paulo Ferreira, titular do Centro de Desenvolvimento Tecnológico, em uma espécie de pacto formado justamente para impedir a nomeação do menos votado.
O alinhamento desses nomes chegou a ser citado pelo atual reitor, em entrevista ao Jornal do Comércio em outubro, como estratégico para evitar que a escolha do presidente pudesse recair sobre alguém de fora do grupo que administra a instituição.
"Aqui na UFPel só vão para a lista tríplice as pessoas que participaram da chapa que venceu a consulta", explicou o reitor, na ocasião.
Diretora do Centro de Engenharias da universidade, Isabela não quis se manifestar sobre a nomeação, mas referendou nota oficial na qual a atual gestão e a chapa eleita repudiam à não confirmação do primeiro colocado no processo interno e avaliam a decisão como um golpe contra a democracia e a autonomia institucional.
O texto destaca que Ferreira foi "eleito democraticamente para liderar a gestão da UFPel" e reforça a necessidade de respeito à vontade da comunidade.
Também critica a conduta do presidente nesse sentido, bem como as posições ideológicas demonstradas por Bolsonaro.
"Infelizmente, num governo federal cujo líder faz apologia a torturadores, nega o racismo, é condenado por ofensas contra mulheres e prega a não vacinação da população, não é surpresa que sejamos golpeados em nossa democracia e autonomia", destaca a nota.
Segundo o comunicado, os organizadores do processo de consulta para escolha do reitor, a Adufpel, a Associação dos Servidores da UFPel (Asufpel) e o Diretório Central de Estudantes (DCE), promoverão assembleia geral nos próximos dias e divulgarão posição consolidada a respeito da nomeação do novo gestor.
"A UFPel está em luta e fará de tudo, nos campos jurídico e político, para reverter essa vergonhosa decisão da Presidência da República", finaliza a nota.
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