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- Publicada em 27 de Dezembro de 2020 às 19:32

Brasileiro vê saúde como o maior problema do País, diz Datafolha

Apesar das 200 mil mortes no Brasil, pandemia de coronavírus não foi tão citada

Apesar das 200 mil mortes no Brasil, pandemia de coronavírus não foi tão citada


Silvio Ávila/AFP/JC
Os brasileiros consideram a saúde o principal problema do País, no ano em que quase 200 mil morreram e pelo menos 7,3 milhões foram infectados pela Covid-19 - devido à subnotificação, os números provavelmente são ainda maiores. A área foi citada por 27% dos entrevistados pelo Datafolha, quando consideradas as de responsabilidade do governo federal.
Os brasileiros consideram a saúde o principal problema do País, no ano em que quase 200 mil morreram e pelo menos 7,3 milhões foram infectados pela Covid-19 - devido à subnotificação, os números provavelmente são ainda maiores. A área foi citada por 27% dos entrevistados pelo Datafolha, quando consideradas as de responsabilidade do governo federal.
Em junho, esse índice era de 19%. Por enquanto, o Brasil está atrasado na corrida mundial por vacinação e assiste outros países aplicarem as primeiras doses, inclusive vizinhos sul-americanos e centro-americanos. Os dados também mostram que os casos e mortes vêm aumentando em todas as regiões brasileiras e devem explodir após as festas de fim de ano.
Durante o pico da pandemia, não havia quantidade suficiente de respiradores, leitos de terapia intensiva, pessoal qualificado e testes diagnósticos para fazer frente ao vírus em várias capitais. Pacientes morreram à espera de UTIs, enquanto o presidente chamava a doença de "gripezinha", se recusava a usar máscara e exaltava remédios comprovadamente sem eficácia.
O Datafolha ouviu 2.016 brasileiros adultos que possuem telefone celular em todos os estados entre 8 e 10 de dezembro (desde 7 de dezembro, mais de 13 mil pessoas morreram de Covid no país). A margem de erro é de dois pontos percentuais e a amostra é considerada representativa da população.
Os entrevistados consideraram como segundo principal problema o desemprego (13%) e o terceiro, a crise econômica (8%). Em novembro, o desemprego bateu novo recorde, atingindo 14 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde maio, no início da pandemia e do isolamento social, aumentou em 4 milhões o número de brasileiros sem emprego, uma alta de aproximadamente 40%.
O auxílio emergencial, aprovado pelo Congresso e pago pelo governo federal, virou a única renda de 36% das famílias que receberam pelo menos uma parcela neste ano. Mas o valor pode ser cortado em janeiro, o que deve deixar milhões de brasileiros sem nenhuma fonte renda.
Também foram citados como principal problema a corrupção (7%), a educação (6%), a política (5%), a violência (4%), a inflação (2%) e a fome (2%). Curiosamente, a pandemia, especificamente, foi citada por apenas 3%. A saúde foi mais lembrada pelas mulheres (34%) do que pelos homens (20%), por quem tem entre 45 e 59 anos, e por aqueles com renda de até dois salários-mínimos.
As porcentagens foram praticamente iguais em todas as regiões do País, assim como entre quem vive na região metropolitana e no interior e entre brasileiros brancos, pardos e pretos. Mas foi maior entre aqueles que estão saindo de casa apenas quando inevitável (31%) e uma preocupação bem menor entre os que estão vivendo normalmente em meio à pandemia (13%) - esses últimos criticaram mais a corrupção e o desemprego.
Entre os que consideram a gestão de Jair Bolsonaro ótima ou boa, 23% apontaram a saúde como principal problema. O índice cresce entre quem considera o governo federal regular (30%) e quem classifica como ruim ou péssimo (29%).
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