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Geral

- Publicada em 27 de Dezembro de 2020 às 20:11

App gaúcho ajuda a evitar alimentos ultraprocessados

Para utilizar, é só apontar a câmera para o rótulo e esperar que o aplicativo dê as informações necessárias

Para utilizar, é só apontar a câmera para o rótulo e esperar que o aplicativo dê as informações necessárias


/Loomos/Reprodução/JC
A pandemia do novo coronavírus transformou a rotina de vários brasileiros em muitos aspectos, como a alimentação. De acordo com uma pesquisa recente do Datafolha, a população brasileira passou a consumir ainda mais alimentos processados durante a pandemia. Os alimentos acabam sendo os mais comprados por conta da praticidade ou da falta de informação. Por conta disso, dois gaúchos com alimentações restritivas criaram um aplicativo para facilitar a ida ao mercado.
A pandemia do novo coronavírus transformou a rotina de vários brasileiros em muitos aspectos, como a alimentação. De acordo com uma pesquisa recente do Datafolha, a população brasileira passou a consumir ainda mais alimentos processados durante a pandemia. Os alimentos acabam sendo os mais comprados por conta da praticidade ou da falta de informação. Por conta disso, dois gaúchos com alimentações restritivas criaram um aplicativo para facilitar a ida ao mercado.
Segundo a nutricionista Maria Julia Rosa, a diferença entre alimentos processados e ultraprocessados é simples. "O Guia Alimentar da População Brasileira, do Ministério da Saúde, cria as categorias de alimentos in natura, minimamente processados, processados e ultraprocessados. Quando um alimento tem aditivo de sal ou açúcar, ele já é processado. Já ultraprocessado é quando contém aditivos que nós não reconhecemos como alimentos, que não temos em casa", explica.
O levantamento do Datafolha, encomendado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), ouviu diversas pessoas entre 18 e 55 anos pertencentes a todas as classes econômicas e de todas as regiões do Brasil. Segundo o estudo, durante a pandemia, os brasileiros de 45 a 55 anos estão consumindo mais alimentos ultraprocessados. O consumo desses produtos nessa faixa etária em junho de 2020 era de 16%, enquanto em outubro do ano passado era de 9%.
Além disso, a pesquisa mostra que biscoitos salgados ou salgadinhos foram os produtos mais consumidos em comparação com o levantamento de 2019, subindo de 30% para 35%. O segundo lugar no ranking ficou com margarina, maionese, ketchup ou outros molhos industrializados. O consumo aumentou de 50% em 2019 para 54% esse ano.
Maria Julia acredita que o primeiro desafio para tirar alimentos ultraprocessados da dieta é saber escolher os alimentos certos no mercado. Foi por isso que Fábio Licks, desenvolvedor de aplicativos e intolerante à lactose e ao glúten, e Rodrigo Busata, desenvolvedor de sistemas e vegano, criaram um aplicativo que facilita a leitura dos ingredientes nas embalagens dos produtos.
Depois de selecionar um dos perfis alimentares disponíveis (alérgico à crustáceos, dieta low carb, vegano, etc), o usuário aponta a câmera pelo aplicativo para a embalagem e o Loomos avisa caso o alimento em questão contenha algum ingrediente que não condiga com o perfil alimentar. "Por exemplo, veganos também não podem comer alguns tipos de corantes, que são de origem animal. Então um vegano não precisa decorar quais corantes pode comer, o aplicativo vai avisar que aquele alimento tem um corante que não pode ser consumido", explica Licks.
Ele brinca que o aplicativo é como se fosse uma extensão dos olhos e da memória, tendo em vista que o Loomos é capaz de identificar ingredientes que, muitas vezes, as pessoas não lembram ou passam despercebidos. O aplicativo foi lançado em setembro e já tem mais de 10 mil downloads. "Notamos também que aqueles que baixaram continuaram usando o aplicativo, não apagaram do celular. Então é um bom sinal."
O primeiro passo para perceber que um alimento não é saudável como parece ser é quando a lista de ingredientes é grande. "Ligamos o sinal de alerta quando um alimento tem mais de cinco ingredientes e quando a maioria deles são ingredientes que não teríamos na nossa casa", afirma Maria Julia, também da equipe Loomos. No aplicativo, para evitar esses alimentos, basta selecionar a opção de vida saudável.
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