Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 17 de Dezembro de 2020 às 17:59

Acordo prevê que obras do entorno da Arena do Grêmio podem levar quase cinco anos

Começo das obras com impacto viário ao redor do estádio devem começar no segundo semestre

Começo das obras com impacto viário ao redor do estádio devem começar no segundo semestre


MARCO QUINTANA/JC
Patrícia Comunello
As obras do entorno da Arena do Grêmio devem ser finalmente executadas, seguindo o acordo preliminar firmado nessa quarta-feira (16) na Justiça, que desata uma espera desde a construção do estádio, em 2012. Mas a execução vai acabar levando quase cinco anos, segundo anúncio dos detalhes do documento que oficializou o acerto entre Ministério Público Estadual (MP-RS), prefeitura de Porto Alegre, gestora Arena Porto-Alegrense, OAS e Karagounis. 
As obras do entorno da Arena do Grêmio devem ser finalmente executadas, seguindo o acordo preliminar firmado nessa quarta-feira (16) na Justiça, que desata uma espera desde a construção do estádio, em 2012. Mas a execução vai acabar levando quase cinco anos, segundo anúncio dos detalhes do documento que oficializou o acerto entre Ministério Público Estadual (MP-RS), prefeitura de Porto Alegre, gestora Arena Porto-Alegrense, OAS e Karagounis. 
O teto da execução foi estipulado na negociação que busca encerrar uma ação ajuizada pelo MP-RS para viabilizar o fluxo financeiro para as intervenções. O Grêmio entrou assinou a negociação como "colaborador".
O texto final deve ser firmado até a metade do ano e envolve o uso de recursos que seriam pagos pelo clube à gestora e que serão gastos nas obras. A operação entre Grêmio, que passará então a ser também responsável pela execução, e a gestora com a OAS vai antecipar a passagem da administração da Arena para o clube em 2021, em vez de 2033, do contrato atual. 
O estádio foi inaugurado em 2012 e foi erguido pela construtora OAS, dona da atual gestora e que detém parte do capital da incorporadora Karagounis, que é parte na execução das compensações. 
Um dos promotores autores da ação Alexandre Saltz, da Promotoria de Meio Ambiente da Capital, disse que o acordo preliminar serve para definir obrigações mínimas das partes e até verificar garantias da OAS. O termo final deve ser detalhado até fevereiro.
"Desatamos o nó da Arena", resumiu Saltz, lembrando que as obras faziam parte de melhorias que deveriam ter sido executadas antes mesmo da conclusão do estádio. O colega de Saltz, Ricardo Schinestsck Rodrigues, coordenador do Núcleo Permanente de incentivo à Autocomposição (Mediar MP), destacou que, mesmo sem o ajuste final, obras que acabarão com alagamentos podem começar no primeiro trimestre.
Será feita a desobstrução e desassoreamento da rede coletora de água pluvial entre a rua Padre Blassio Voguel e a galeria da rua Voluntários da Pátria. O pedido de licenças já pode ser feito na Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade e caberá à gestora e demais empresas.  
As obras viárias, que abrangem as avenidas Leopoldo Brentano, que passa ao lado do estádio, Pedro Boessio e AJ Renner, ruas da região e construção de uma nova sede para o posto da 2ª Companhia do 11º Batalhão da Brigada Militar serão ainda definidas no acordo final. 
A Procuradora Geral do Município (PGM) e os promotores esclareceram que o acordo preliminar servirá para as tratativas das empresas e do clube com instituições financeiras, para dar garantia. O prazo de 58 meses, quase cinco anos, vai contar da licenças das obras viárias. "Este tempo segue o fluxo de recursos (da negociação com o Grêmio) devido à falta de dinheiro das empresas", diz Saltz. "Mas esperamos que possa ser finalizado antes." A demora também pode ocorrer devido a desapropriações previstas.    
Os recursos que o clube pagaria à gestora serão colocados em uma conta separada. A previsão é que serão quase R$ 40 milhões dos compromissos do Tricolor até a conclusão das obras. O valor que faltará para quase R$ 70 milhões do pacote de compensações será da OAS/Karagounis. Entre as garantias estará parte da área do antigo Olímpico, ainda propriedade gremista, mas que será transferido à OAS, dentro do acordo da construção do estádio, mas que estava pendente justamente pela indefinição das compensações.
Ao cumprir a execução inicial e firmar as negociações com o Grêmio, OAS/Karagounis poderão obter Habite-se para cinco das sete torres residenciais erguidas ao lado do estádio, que estão hoje suspensos devido à ação. 
"O acordo vai agregar valor à área e melhorar a qualidade de vida na região do Humaitá. Fico feliz de estar encerrando meu mandato e conseguindo entregar este acordo", disse o prefeito Nelson Marchezan Júnior, que é gremista.     
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO