O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (1) o Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2020. O material é, tradicionalmente, apresentado no primeiro dia de dezembro, que marca o Dia Mundial de Combate à Aids. Conforme o material, que traz informações relativas ao ano de 2019, existem cerca de 920 mil pessoas vivendo com a doença no Brasil.
Do total de infectados pelo vírus HIV, 821 mil - 89% - já foram diagnosticadas. Ou seja, 11% das pessoas que vivem com a Aids no País (99 mil brasileiros), não sabem que contraíram o vírus.
Este, junto com a prevenção, principalmente por meio do uso do preservativo, é o principal alerta do Ministério da Saúde, na medida em que, quem não sabe que foi infectado, além de não iniciar o tratamento com antirretrovirais, também pode transmitir a doença para seus parceiros sexuais.
Os números sobre o tratamento também chamam atenção. Das pessoas já diagnosticadas positivamente, 77,2% recebem os cuidados com os antirretrovirais. Assim, 22,8% daqueles que tem diagnóstico e, portanto, sabem que contraíram a Aids, não realizam o tratamento adequado. Esse é um grupo específico que as campanhas de conscientização irão focar.
A importância do tratamento com o coquetel de antirretrovirais se comprova nos dados apresentados pelo governo federal. Conforme o boletim epidemiológico, 94% daqueles que fazem o tratamento corretamente não transmitem o vírus HIV por via sexual por terem atingido carga viral indetectável, comprovando a eficácia dos medicamentos.
Em 2019, o Brasil atingiu o menor coeficiente de mortalidade por Aids na década. Enquanto em 2009 o indicador era de 5,8 por 100 mil habitantes, no ano passado caiu para 4,1 por 100 mil habitantes. Em 2019, o País registrou oficialmente 10.565 mortes causadas pela doença.