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Geral

- Publicada em 06 de Dezembro de 2020 às 20:43

Gastroenterologista alerta para cuidados com o fígado

Gabriela Porto Alegre
Se, por um lado, o fígado é um órgão que aguenta décadas sem dar sinais de esgotamento, por outro ele pode mascarar uma doença que, a cada ano, cresce desenfreadamente: a esteatose hepática não alcoólica, popularmente conhecida como gordura no fígado.
Se, por um lado, o fígado é um órgão que aguenta décadas sem dar sinais de esgotamento, por outro ele pode mascarar uma doença que, a cada ano, cresce desenfreadamente: a esteatose hepática não alcoólica, popularmente conhecida como gordura no fígado.
Geralmente associada à obesidade, a doença se dá em virtude do acúmulo da gordura abdominal, mas também pode estar ligada a outros fatores, como diabetes e aumento de colesterol e triglicerídeos no sangue. Se não cuidada e tratada precocemente, a gordura no fígado pode provocar alterações no órgão, que podem evoluir, inclusive, para cirrose ou, eventualmente, para câncer.
Conforme o chefe dos serviços de gastroenterologia e cirurgia do aparelho digestivo do Hospital Moinhos de Vento, Fernando Hertz Wolff, a esteatose hepática é uma doença silenciosa. "A gordura no fígado não dá nenhum sintoma. É uma doença assintomática que se descobre geralmente em exame de rotina", disse.
Justamente por ser uma doença silenciosa, o médico alerta para a importância do diagnóstico e tratamento precoce, principalmente em pessoas com outras comorbidades. "Existe um primeiro conceito que deve ser levado em consideração. A esteatose não é uma doença isolada. Na maioria dos casos, ela faz parte da síndrome metabólica", ou seja, geralmente está associada a pessoas que apresentam excesso de peso, hipertensão, diabetes, alteração e dislipidemia. "A gordura do fígado tem que ser vista como mais um achado dessas outras doenças que fazem parte da síndrome metabólica", explicou.
Quando um paciente tem diagnóstico para a esteatose, alguns cuidados além de outras comorbidades são levados em consideração, bem como a solicitação de exames de sangue para entender como está o funcionamento do fígado e, eventualmente, exames mais específicos, capazes de verificar quanto do órgão está comprometido pela gordura. "Sempre orientamos que ter gordura no fígado aumenta o risco para as chamadas doenças cardiovasculares, como infartos e acidente vascular cerebral".
Para Wolff, a principal forma de prevenção da gordura no fígado é o tratamento da obesidade. "O melhor tratamento é dieta saudável e exercício físico para manter o peso ideal. É a medida que mais demonstrou sucesso em resolver o problema. Com perda de 5% do peso já diminui a inflamação, com 10% já resolve em muitos casos", garantiu o médico. "O transplante de fígado só se faz necessário em casos avançados de cirrose hepática ou alguns tipos de câncer de fígado. Na maioria dos casos, se consegue tratar a esteatose de forma tranquila".
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