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Geral

- Publicada em 01 de Outubro de 2020 às 11:41

Grupo de pais pró-ensino remoto reforça que 'escolas não devem ser reabertas'

Cassiana defende que atividades não retornem e que sejam garantidas condições para aula remota

Cassiana defende que atividades não retornem e que sejam garantidas condições para aula remota


CASSIANA LIPP/ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Enquanto o governo estadual revê suas orientações e libera Porto Alegre e outras cidades à voltarem às aulas presenciais sob algumas condições, o movimento de pais e professores que surgiu em meio à pandemia a favor da manutenção do ensino remoto reforça que 'escolas não devem ser reabertas'.
Enquanto o governo estadual revê suas orientações e libera Porto Alegre e outras cidades à voltarem às aulas presenciais sob algumas condições, o movimento de pais e professores que surgiu em meio à pandemia a favor da manutenção do ensino remoto reforça que 'escolas não devem ser reabertas'.
Na Capital, um colégio tradicional particular comunicou que não vai reabrir em 2020, somente em 2021 devido à baixa adesão de pais ao retorno e restrições de grupos de risco.   
A coordenadora do grupo Direito ao Ensino Não Presencial durante a Pandemia, com mobilização a partir do Facebook, Cassiana Lipp, justifica a posição, em meio ao anúncio das datas por municípios para liberar as atividades, algumas já reativadas como no Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA), após acordo com a prefeitura:
"Não temos queda consistente de óbitos decorrentes da Covid-19, ainda não estamos em um patamar baixo de estabilização da contaminação e sem a vacinação eficaz que poderá auxiliar nessa alteração do quadro pandêmico", argumenta Cassiana, que tem se desdobrado entre audiências virtuais, como a que ocorreu nessa quarta-feira (30) da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, e contatos com entidades para convencer municípios a não autorizarem o retorno.
Pelas regras anteriores do Estado, cidades só poderiam voltar ao ensino presencial se apresentassem duas semanas seguidas de bandeira laranja. Porto Alegre, que desde o começo de setembro definiu a retomada em 5 de outubro, tem a primeira semana na bandeira. Esta semana é a primeira, desde a adoção do sistema de distanciamento controlado, em que todas as 21 regiões do mapa estadual estão em laranja, de risco médio.
O Comitê de Dados da pandemia discutiu nesta quinta-feira (1) a alteração do regulamento, atendendo a pedidos da Capital e de outras localidades.
Mas o grupo que defende o ensino remoto garante que não vai recuar. Cassiana cita o alerta da Sociedade de Infectologia, que emitiu posição contra a volta das atividades presenciais. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também se posicionou e indicou condições mínimas ao retorno. Além disso, a advogada enviou petição à União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-RS), para sensibilizar os dirigentes sobre o momento:
"Sabemos que a escola é atividade essencial e, por isso, jamais parou suas atividades. O que ocorreu foi a mudança da forma de ensino presencial para ensino a distância em função da pandemia", lembra ela, que propõe que o caminho é "investir na melhoria da ambientação digital para chegar a todos de forma mais igualitária". 
Segundo o grupo, há caso de prefeituras como a de Novo Xingu, que atendeu ao apelo e adiou o calendário.   
Cassiana avalia que a reabertura está ocorrendo de forma precipitada e que "colocamos em riscos vidas que certamente poderão ser atingidas com o contágio e possibilidade de óbito".
Em Porto Alegre, nem todas as escolas vão reabrir. O Colégio Vicentino Santa Cecília, situado no bairro Santa Cecília, comunicou que "não retornará às atividades pedagógicas presenciais em 2020". Uma das razões é a "baixíssima adesão e intenção das famílias em retornar".
A escola também diz que enfrenta dificuldade para ter professores devido a restrições de grupos de risco e cita a orientação de especialistas sobre riscos de reinfecção que foi registrada em outros países. "O Colégio e seus colaboradores nunca pararam. A vida é o bem maior. Perdendo esta, não há outra", diz o comunicado. "O colégio prepara-se para o ano letivo de 2021", indica a escola.  
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