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- Publicada em 22 de Setembro de 2020 às 22:03

Setembro amarelo reforça importância dos cuidados com a saúde mental

Campanha do Setembro Amarelo também serve de alerta para problemas causados pelo isolamento social

Campanha do Setembro Amarelo também serve de alerta para problemas causados pelo isolamento social


TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL/JC
Gabriela Porto Alegre
A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os dados foram um dos motivos para a criação do Setembro Amarelo, campanha que tem como objetivo o combate a uma das principais causas de mortalidade no Brasil e no mundo. A OMS calcula que, aproximadamente, um milhão de casos de mortes por suicídio são registrados por ano.
A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os dados foram um dos motivos para a criação do Setembro Amarelo, campanha que tem como objetivo o combate a uma das principais causas de mortalidade no Brasil e no mundo. A OMS calcula que, aproximadamente, um milhão de casos de mortes por suicídio são registrados por ano.
Nos últimos meses, o isolamento social decorrente da pandemia da Covid-19 tem afetado a saúde mental de inúmeras pessoas. Estudos recentes mostram aumento de angustia, ansiedade e depressão, especialmente entre os profissionais da saúde. Transtornos por consumo de álcool, abuso de substâncias, sentimento de perda e depressão são fatores que podem aumentar o risco de suicídios. Pensando nisso, no início deste mês, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) fez um alerta, incentivando o debate aberto e responsável sobre o assunto, a fim de se criar redes de apoio àqueles que necessitam de ajuda.
Conforme a psicóloga Danyele Wilbert, a campanha "setembro amarelo" reforça a importância dos cuidados com a saúde mental, principalmente neste momento atípico em que por questões de saúde e prevenção, precisamos manter o isolamento social. "O que fica mais visível é aumento da ansiedade e da tristeza, que aparecem com mais frequência e de forma mais intensa. A falta do contato, a mudança de rotina e as restrições de atividades podem acabar se tornando uma fonte de preocupação excessiva ou de tristeza", diz. O momento de crise que vivenciamos, pode, inclusive, impactar pacientes que antes da pandemia já sofriam com algum caso de depressão ou ansiedade.
Para Danyele, é importante que as pessoas estejam conectadas umas às outras, atentas aos sinais de alerta e a como reagir para prevenir casos de suicídio, mesmo nesse momento de distanciamento físico. A psicóloga alerta que a maioria dos suicídios é precedida por sinais de alertas verbais ou comportamentais, como falar sobre querer morrer, sentir culpa, vergonha ou se sentir ainda um fardo para os familiares e amigos. "Cada pessoa apresenta sinais de alerta diferentes e em intensidades diferentes. E vale lembrar que todo o contexto da vida da pessoa deve ser considerado. O suicídio é multifatorial, ele não tem uma causa única", explica.
Ainda que o isolamento social represente um momento de bastante tensão, é importante que as pessoas cultivem alguns hábitos para amenizar a ansiedade, a tristeza, a angústia e as frustrações. “A prática de técnicas de respiração pode ajudar muito em um primeiro momento, em uma situação de alta ansiedade”. Outras dicas envolvem a prática de atividades de lazer, como leitura, meditação, prática de exercícios físicos mesmo que em casa, ligação para alguém próximo, cuidados com o sono, entre outras coisas. “É importante encontrar atividades que façam com que a pessoa se sinta bem, relaxada. Qualquer forma de autocuidado, por menor que seja, é importante nesse momento”. Nas redes sociais, Danyele produz conteúdo educativo sobre saúde mental através de sua conta no Instagram (@psico.danyele).
Diante desses sentimentos, ela orienta sobre a importância de se procurar ajuda profissional ou serviços que auxiliem pessoas que estejam passando por algum tipo de sofrimento. “Possibilitar um espaço seguro e com privacidade para que uma pessoa com risco de suicídio fale sobre isso também pode ser importante. Informação e conscientização sobre o assunto são fundamentais no combate ao suicídio”, garante.
O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece ajuda pelo telefone 188. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) também disponibiliza um mapa com locais de atendimento em Porto Alegre em https://www.ufrgs.br/pegaleve/mapa-pega-leve/.
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