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- Publicada em 19 de Setembro de 2020 às 10:07

Entenda por que doenças pré-existentes são risco para a Covid-19

Adesão dos hospitais ao programa será por meio do Sistema de Apoio à Implementação de Políticas em Saúde

Adesão dos hospitais ao programa será por meio do Sistema de Apoio à Implementação de Políticas em Saúde


GIL GOSCH/ARQUIVO/JC
Gabriela Porto Alegre
Em meio ao crescimento no número de infecções por Covid-19 no País, uma característica presente em diversos casos mais graves preocupa os profissionais de saúde: as doenças pré-existentes, como diabetes, hipertensão, obesidade, doenças crônicas respiratórias e cardíacas.
Em meio ao crescimento no número de infecções por Covid-19 no País, uma característica presente em diversos casos mais graves preocupa os profissionais de saúde: as doenças pré-existentes, como diabetes, hipertensão, obesidade, doenças crônicas respiratórias e cardíacas.
De acordo com o chefe do serviço de infectologia do Hospital Moinhos de Vento, Alexandre Zavascki, o principal risco destas comorbidades em relação à Covid-19 está justamente nas condições de agravamento da infecção. Isto é, na pré-disposição que essas doenças podem ter em relação ao novo coronavírus. “Tudo isso ainda está em estudo, mas uma das situações é que essas condições (pré-existentes) diminuem a resistência do paciente, tanto cardíaca, quanto pulmonar, como também imunológica”, diz o especialista.
Um exemplo disso, segundo o médico, pode ser notado em pacientes com Covid-19 grave, quando eles ficam com baixas condições de oxigenação. “Se o paciente tem um problema cardíaco, não tem um coração que funcione bem, ele vai resistir menos que um saudável”, explica.
Apesar disso, o infectologista afirma que quando essas comorbidades são tratadas adequadamente e o paciente tem o acompanhamento médico necessário, as condições de risco diminuem. “Os pacientes que sabidamente possuem comorbidades devem tratá-las de forma permanente, não abandonando o tratamento médico adequado às suas condições”.
Levantamento realizado em julho pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre mostrou que as doenças cardíacas e a diabetes são as principais causas de agravamento e morte por Covid-19 na Capital, seguido por pneumopatias, doenças neurológicas, imunodepressão, neoplasias, doença renal crônica, obesidade, tabagismo, entre outras comorbidades.
Conforme Zavascki, toda e qualquer doença pré-existente deve ser tratada e acompanhada, principalmente neste período de pandemia do novo coronavírus. “Se o paciente tem comorbidades, ele precisa saber que, caso se infecte, as chances de agravamento da infecção são maiores, independentemente se for um paciente renal, cardíaco, diabético, hipertenso ou de doenças respiratórias. O nível de proteção e cuidados dessas pessoas devem ser ainda maiores”. Ele lembra, ainda, que pacientes diabéticos, além de manterem a comorbidade controlada, devem seguir hábitos saudáveis, a fim de que sejam evitados problemas maiores.
Já pacientes com doenças autoimunes - como esclerose múltipla, reumatismo ou doenças inflamatórias intestinais crônicas (como a doença de Crohn) -  não são considerados grupo de risco para a Covid-19, mesmo que precisem utilizar imunossupressores para o tratamento de suas enfermidades. O mesmo ocorre com pessoas infectadas por HIV.  “Doenças autoimunes não tem aparecido como um fator de risco para o novo coronavírus, nem para o agravamento da doença. Mas isso não quer dizer que eles não possam se contaminar. Podem, mas não são parcelas significativas de risco”, afirma o infectologista.
Em maio, um estudo nacional identificou que mais de 50% dos adultos têm fator de risco para desencadear uma infecção grave por Covid-19. A recomendação de Zavascki, no entanto, é que mesmo receosos e com medo de contraírem o novo coronavírus, os pacientes não abandonem seus tratamentos. “A atividade de cuidado médico é essencial, então se o paciente tem consulta, não deve abandoná-la. Deve apenas seguir as medidas de prevenção, como usar máscara e álcool gel, higieniza as mãos, manter o distanciamento de 2 metros e não conversar muito próximo com outras pessoas”.
Outra dica do infectologista, que vale também para os pacientes que não possuem comorbidades, é de que não façam automedicação. “A mensagem sempre foi clara: nunca se automedique e não use medicações sem comprovação de benefício. A medida preventiva não é a pílula, é o distanciamento, o uso de máscara, a higiene das mãos e os ambientes ventilados”.
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