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Geral

- Publicada em 17 de Setembro de 2020 às 18:36

MPF recomenda suspensão do retorno das aulas presenciais do Colégio Militar de Porto Alegre 

Colégio Militar de Porto Alegre tem 24 horas para se manifestar sobre recomendação do MPF

Colégio Militar de Porto Alegre tem 24 horas para se manifestar sobre recomendação do MPF


JONATHAN HECKLER/ARQUIVO/JC
O Ministério Público Federal (MPF) recomendou nesta quinta-feira (17) a suspensão do retorno das aulas presenciais do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA), planejadas para o dia 28 de setembro, segundo acordado com a prefeitura como um projeto-piloto para a retomada gradual das atividades na capital gaúcha.
O Ministério Público Federal (MPF) recomendou nesta quinta-feira (17) a suspensão do retorno das aulas presenciais do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA), planejadas para o dia 28 de setembro, segundo acordado com a prefeitura como um projeto-piloto para a retomada gradual das atividades na capital gaúcha.
O CMPA havia inicialmente definido o dia 21 de setembro para a volta de algumas turmas à sala de aula, mas acabou transferindo a data após divulgação do cronograma proposto pela prefeitura na segunda-feira (14), que prevê atividades administrativas e de organização das escolas para o dia 28 de setembro e a volta dos alunos a partir de 5 de outubro.
Segundo determinação da procuradora da República Ana Paula Carvalho de Medeiros, a orientação é para que as aulas retornem apenas quando estiveram implementados todos os requisitos previstos nos decretos estaduais de enfrentamento à pandemia e por eventuais normas mais restritivas que possam ser estabelecidas pela prefeitura. Pelo regramento do Executivo gaúcho, as aulas presenciais podem ser retomadas de maneira escalonada entre 8 de setembro e 12 de novembro, apenas em cidades e regiões que estejam há duas semanas consecutivas sob a classificação de bandeira laranja (risco epidemiológico médio) no distanciamento controlado. Porto Alegre, em bandeira vermelha (risco alto), não se enquadra no critério neste momento.
A procuradora embasa a decisão na Recomendação 44/2020, que destaca em oito páginas os deveres do MPF, as competências do Estado em executar ações de vigilância sanitária e epidemiológica e a necessidade de acompanhamento das mesmas pelos municípios, além das medidas de enfrentamento à Covid implementadas em âmbito federal. Também ressalta as medidas que regram o funcionamento das atividades de ensino públicas e privadas nesse período de pandemia.
A recomendação estabelece ainda prazo de 24 horas para que o Colégio Militar informe sobre o acatamento ou não da recomendação, "tendo em vista a proximidade da data agendada para reinício das atividades escolares presenciais".
O Colégio Militar e Santa Maria também pretendia retornar às aulas presenciais escalonadas a partir do dia 21, mas recebeu do Ministério Público do Rio Grande do Sul e do MPF recomendação semelhante, exigindo a observância das normas sanitárias vigentes em âmbito estadual, regional e municipal. Assim como Porto Alegre, a região também está em bandeira vermelha no distanciamento controlado.
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) notificou, também nesta quinta-feira, os Colégios Militares de Porto Alegre e de Santa Maria para que apresentem, no prazo de 48 horas, seus Planos de Contingenciamento, calendários de retorno e demais documentos pertinentes que comprovem as adequação dos colégios para o retorno das aulas.
Nesta quinta-feira (17), durante live, o governador Eduardo Leite afirmou que pode buscar na Justiça a garantia das regras de retorno às aulas, caso municípios desrespeitem o decreto estadual que orienta a retomada das atividades de ensino. Representantes da prefeitura da Capital e  do Estado reúnem-se na terça-feira (22) para tratar da questão.
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