Na semana entre os dias 1 e 9 de setembro, pela primeira vez, o Estado havia apresentado redução na quantidade de pessoas hospitalizadas em UTIs em razão do novo coronavírus com o número passando de 725 para 703 (redução de 3%). A queda, no entanto, foi revertida na última semana, entre os dias 9 e 15 de setembro, quando o número subiu de 703 para 707 – um aumento de 0,5%. Ainda que pequeno, o aumento interrompeu uma série de quedas consecutivas, indicando que a redução nas hospitalizações não é algo consolidado ainda e variações para cima podem ocorrer (confira na tabela).
Na manhã desta quarta-feira (16), conforme painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS), o percentual de ocupação de leitos intensivos no Rio Grande do Sul era de 76,2%, com 1.949 pacientes para 2.559 leitos. Destes, 903 eram casos confirmados ou suspeitos de Covid-19.
Outro índice que apresentou números ruins na última semana foi o de novos óbitos causados pela pandemia. Após uma sequência de, pelo menos, cinco semanas seguidas com desaceleração no percentual de novas vítimas fatais, o Estado teve um aumento nos últimos sete dias.
Entre os dias 4 e 11 de agosto, o acréscimo de vítimas fatais foi de 17,7%. No período posterior, entre os dias 11 e 18, o crescimento foi de 14,1%. Seguindo a tendência de redução na velocidade do aumento de óbitos, entre os dias 18 e 25 de agosto, o crescimento foi de 12%, passando para 10,7% entre os dias 25 de agosto e 1 de setembro. Na semana de 1 a 8 de setembro, o percentual de crescimento foi ainda menor, ficando em 8,5%.
Entretanto, na última semana, entre os dias 8 e 15 de setembro, o acréscimo de óbitos em sete dias foi de 9,8%, mais de 1% maior que o da semana anterior (confira na tabela).
As mortes seguem crescendo – passaram de 2.099 para 4.174 nas últimas seis semanas, representando um crescimento de 98,8%. Ou seja, um mês e meio, o total de vítimas fatais quase dobrou no Estado.
Já em relação aos casos, depois de uma discreta queda na semana passada – ocorrida após um considerável aumento na anterior – o Rio Grande do Sul voltou a ter diminuição no percentual de aumento, indicando, novamente, uma redução no ritmo das contaminações (confira na tabela).
A variação semanal de novos casos e, principalmente, novos óbitos e internações é um bom indicador de como a pandemia do novo coronavírus está se comportando, e indica tendências que pode vir a se confirmar ou não.