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Geral

- Publicada em 12 de Agosto de 2020 às 13:28

Sinepe-RS apoia volta às aulas em agosto no Rio Grande do Sul

Sindicato defende que as escolas definam por quais níveis de ensino deve ter o retorno

Sindicato defende que as escolas definam por quais níveis de ensino deve ter o retorno


CLAITON DORNELLES /JC
"Estamos prontos, aguardando apenas a liberação por parte do Executivo Estadual e dos Executivos Municipais para receber os alunos que acreditam que a hora de voltar às aulas presenciais chegou." A manifestação está em nota do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS), que apoia a volta das atividades presenciais, seguindo proposta do governo Eduardo Leite. O retorno começaria em 31 de agosto, pela Educação Infantil. 
"Estamos prontos, aguardando apenas a liberação por parte do Executivo Estadual e dos Executivos Municipais para receber os alunos que acreditam que a hora de voltar às aulas presenciais chegou." A manifestação está em nota do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS), que apoia a volta das atividades presenciais, seguindo proposta do governo Eduardo Leite. O retorno começaria em 31 de agosto, pela Educação Infantil
O calendário, que prevê a volta dos demais níveis de forma escalonada até começo de outubro, valeria apenas para cidades nas regiões com bandeira amarela e laranja do sistema de distanciamento controlado. 
Nesta semana, 12 das 21 regiões estão na laranja, Nenhuma está em amarela. Já nove - Porto Alegre, Capão da Canoa, Palmeira das Missões, Taquara, Canoas, Erechim, Passo Fundo, Pelotas e Novo Hamburgo -, são vermelha, de alto risco, que soma mais de 6,7 milhões de habitantes em 239 municípios. 
Na nota do Sinepe-RS, há a sutileza em relação a quem vai voltar, entre o público que o setor atende. Fala em "alunos que acreditam que a hora de voltar é agora". Desde o começo da pandemia, movimentos voluntários de pais e professores em redes sociais defendem que não há como voltar, enquanto houver riscos de contaminação.   
Um dos argumentos usados pela entidade para a retomada é que a reabertura do comércio e outros segmentos - que agora passam a ser permitidos também em bandeira vermelha -, elevaria a necessidade de reativação da rede de ensino. 
O próprio governo teria usado este argumento ao apresentar a proposta a prefeitos nessa terça-feira (11), pois muitos pais têm de voltar a trabalhar e não teriam onde deixar os filhos. Outra razão é o impacto da suspensão das aulas, desde meados de março, para a manutenção das escolas, principalmente as de Educação Infantil, que erma chamadas de creches, que registram inadimplência e cancelamento de matrículas.
O sindicato diz que a "maioria das escolas" já está preparada para cumprir os protocolos de cuidados e segurança sanitária definidos em junho pelas secretarias estaduais da Educação e da Saúde. Mesmo considerando correta a volta, o Sinepe-RS defende a "retomada gradual" e que "cada instituição possa definir quais alunos devem voltar primeiro". Escolas vêm se preparando com medidas nas instalações.
As instituições têm de montar Planos de Contingência para o distanciamento, circulação e higienização.
Sobre a proposta do governo, a Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs) recebeu com surpresa a data de 31 de agosto e sinalizou dificuldades para os municípios se adequarem. Na próxima semana, haverá nova reunião entre a entidade, 27 associações e o governo estadual. 
O governo definiu regras para a cogestão do distanciamento, com possibilidades de maior flexibilização. A educação deve ter definição nas negociações fora do sistema. 
O presidente do Sinepe-RS, Bruno Eizerik, explica que as escolas vão definir se abrem ou não, mas admite que se houver a definição pela volta a pressão deve aumentar pela reabertura. "Vai ter pressão pelos dois lados, para abrir e não abrir. Vai caber ao diretor da escola tomar a decisão ouvindo a comunidade", orienta o presidente do sindicato. 
Além disso, o dirigente esclarece que nos casos em os pais optarem por não mandar os filhos à escola haverá o suporte de atividades remotas. "Nenhuma criança será abandonada pela escola", diz, e lembra alunos com doenças como asma e outras que se enquadram em grupos de risco não devem ir.
Eizerik admite que há divisão entre famílias que querem e não querem levar os filhos e pede voto de confiança na "escola que matriculou seu filho". O dirigente observa que mesmo ficando em casa, há riscos. "O filho pode cair, pegar gripe forte, não há risco zero em ficar em casa e nunca sair e nem com vacina", afirma. 
Segundo o dirigente, 90% das escolas estão prontas, seguindo protocolos definidos pelo Estado. Sobre o ritmo de comparecimento dos alunos, o Sinepe-RS acredita que no começo poderá ser de 20% a 30% e que o impacto, se não houver contaminação, vai reforçar o nível de segurança.  
Sobre a volta pela Educação Infantil, se for a determinação, o presidente do sindicato diz que a retomada pelo setor será respeitada.    
Em Porto Alegre, o Sinepe-RS enviou ofício ao prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, pedindo que, caso haja alguma indicação de volta ás aulas, que a administração não se oponha. "Caso haja mudança para bandeira laranja, por exemplo, vamos pedir que ele não seja tão duro quanto o governo Leite."
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