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Geral

- Publicada em 24 de Julho de 2020 às 17:05

Sindicatos denunciam cobrança indevida de testes de Covid-19 de profissionais da saúde

Hospital Universitário de Canoas lançou circular interna sugerindo a realização dos exames

Hospital Universitário de Canoas lançou circular interna sugerindo a realização dos exames


VINICIUS THORMANN/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Fernanda Soprana
Sindicatos da área da saúde receberam denúncias de que hospitais do Rio Grande do Sul estão cobrando o valor de testes rápidos da Covid-19 dos próprios trabalhadores. A orientação da Secretaria Estadual da Saúde (SES), a partir das medidas do Ministério da Saúde, é de que profissionais da categoria sejam testados gratuitamente.
Sindicatos da área da saúde receberam denúncias de que hospitais do Rio Grande do Sul estão cobrando o valor de testes rápidos da Covid-19 dos próprios trabalhadores. A orientação da Secretaria Estadual da Saúde (SES), a partir das medidas do Ministério da Saúde, é de que profissionais da categoria sejam testados gratuitamente.
O Partido dos Trabalhadores (PT) publicou uma nota na quarta-feira (22) denunciando a cobrança dos testes de funcionários em hospitais e defendendo a urgência da testagem de todos os trabalhadores da saúde no Rio Grande do Sul, para evitar o maior contágio da Covid-19. Os deputados Valdeci Oliveira, Edegar Pretto e Pepe Vargas apresentaram os questionamentos na reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, na manhã de quarta.
O Sindisaúde-RS recebeu denúncias dos trabalhadores do Hospital Universitário (HU) de Canoas sobre uma circular interna que sugeria a realização de testes rápidos para assintomáticos por um preço descontado. O texto foi emitido pelo Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e a Saúde Pública (GAMP), que além do HU é responsável pela gestão do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da cidade. A oferta foi feita a todas as instituições.
O texto diz que, devido ao “grande número de funcionários assintomáticos solicitantes da realização dos testes”, é ofertada a possibilidade de realizar o exame pelo valor de R$ 90,00 no próprio HU. A circular ainda afirma quem o custo para que não for funcionário das instituições listadas é de R$ 200,00.
A Secretaria da Saúde orienta que todos os testes rápidos sejam disponibilizados de forma gratuita a profissionais da saúde assintomáticos. O Rio Grande do Sul distribuiu cerca de 350 mil testes a hospitais e municípios, enviados pelo Ministério da Saúde. Já o exame tipo RT-PCR, realizado em sintomáticos, pode ser feito pelo sistema público, sem custos, ou por laboratórios privados.
O Sindisaúde explica que após as denúncias o diretor Arlindo Ritter contatou o secretário de Saúde de Canoas, Fernando Ritter, e a gestão suspendeu a ação. “Achamos que isso beira o absurdo. Neste momento, nós entendemos que a testagem é uma forma de preservação do trabalhador. Por uma questão lógica, os hospitais deveriam pagar os exames, e não cobrar”, afirma o presidente do Sindisaúde-RS, Júlio Jesien.
Já a Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS) recebeu uma denúncia semelhante do Hospital São Lucas da Pucrs, sobre suposta cobrança dos exames dos profissionais da saúde. A assessoria da instituição negou a acusação, afirmando que “a cobrança mencionada não procede”.
O Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (Sergs) não recebeu denúncias formais sobre o tema, mas está ciente das ações do HU e de cobranças no Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo (HCAA), em Santa Maria. Segundo o Sergs, os trabalhadores da categoria não denunciam tanto por medo da demissão como por acreditarem que pagar é melhor do que não ter acesso a testes. O Sergs aconselha que os profissionais da saúde não paguem pelos exames.
O tipo de teste supostamente ofertado no Hospital São Lucas da Pucrs e no HCAA não foi especificado. O HU e o HCAA foram contatados pela reportagem, mas não retornaram.
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