O alto percentual de ocupação de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) tem pressionado o sistema de saúde de Porto Alegre, o que levou o prefeito Nelson Marchezan Júnior, inclusive, a cogitar fortemente a decretação de um fechamento total (lockdown) na cidade. Na quarta-feira (22), após videoconferência com representantes de hospitais, Marchezan recuou e descartou, por hora, a adoção da medida. No fim da tarde desta quinta-feira (23), a Capital tinha 286 pacientes internados em leitos intensivos em razão da Covid-19, mantendo-se praticamente estável em relação ao dia anterior, que apontava 285 pessoas.
Além desses pacientes, outros 42 com suspeita de infecção pela doença também estavam hospitalizados em unidades intensivas. No total, 679 das 788 vagas em UTIs em Porto Alegre estavam ocupadas - 88,1% de lotação. Assim, 42% de todos os pacientes críticos na Capital eram pessoas com Covid-19. Além disso, havia 10 pacientes com confirmação de Covid-19 aguardando leito nas UTIs do Hospital Nossa Senhora da Conceição (5), São Lucas da Pucrs (4) e Cristo Redentor (1).
Conforme levantamento em tempo real da SMS, quatro hospitais tinham 100% de seus leitos intensivos ocupados - Moinhos de Vento, Fêmina, Hospital Porto Alegre e Santa Ana. Esse percentual se refere a todos os leitos em UTI nos estabelecimentos de saúde, e não apenas os destinados exclusivamente para tratar infectados pelo novo coronavírus.