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Geral

- Publicada em 23 de Julho de 2020 às 12:30

Pantanal tem recorde de queimadas em 22 anos no Mato Grosso do Sul

Bioma registra maior número desde 1998, quando o Inpe começou a monitorar queimadas

Bioma registra maior número desde 1998, quando o Inpe começou a monitorar queimadas


CHICO RIBEIRO/GOVERNO DO MATO GROSSO DO SUL/AFP/JC
Agência Estado
Os incêndios florestais destruíram, em duas semanas, 35 mil hectares de vegetação nativa no Pantanal de Mato Grosso do Sul, um dos principais ecossistemas brasileiros. Em todo o bioma, desde o início do ano, foram registrados 3.415 focos de incêndio, maior número desde 1998, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) passou a monitorar as queimadas.
Os incêndios florestais destruíram, em duas semanas, 35 mil hectares de vegetação nativa no Pantanal de Mato Grosso do Sul, um dos principais ecossistemas brasileiros. Em todo o bioma, desde o início do ano, foram registrados 3.415 focos de incêndio, maior número desde 1998, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) passou a monitorar as queimadas.
Cerca de 180 bombeiros foram deslocados para a região, mas as chamas continuam se espalhando. Nesta quinta-feira, 23, um comitê formado pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros pediu apoio de aeronaves ao governo federal para ampliar as frentes de combate aos focos.
O Pantanal abrange áreas do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no Brasil, e se estende aos territórios da Bolívia e do Paraguai. Em todo o bioma, o número de queimadas disparou de janeiro a julho deste ano, com aumento de 189% em relação ao mesmo período de 2019.
As chamas atingem principalmente o município de Corumbá, considerado a capital pantaneira. A cidade lidera o ranking nacional de queimadas dos últimos cinco anos, com 2.423 focos, bem à frente da segunda colocada, Poconé (MT), com 544. Corumbá também é líder no ranking dos últimos cinco meses e dos cinco últimos dias.
Na cidade, de 92 mil habitantes, as unidades de saúde registraram aumento de 20% na procura por pacientes com doenças respiratórias causadas pela fumaça. O problema é agravado pela baixa umidade do ar decorrente da estiagem. A neblina cinzenta encobre a área urbana e obriga os moradores a manterem portas e janelas fechadas.
À noite, as queimadas se tornam visíveis do outro lado do Rio Paraguai. Na manhã desta quinta, 15 bombeiros e brigadistas combatiam uma grande queimada na região do Itajiloma, entre Corumbá e Ladário, outro município do Pantanal.
De acordo com o Corpo de Bombeiros de Corumbá, embora não seja possível precisar a origem dos incêndios, muitos resultam de ação humana. Nesta época, fazendeiros usam o fogo para renovação de pastagem e abertura de áreas para lavoura, porém, em muitos casos, a queimada foge do controle. Conforme a corporação, não chove há meses e áreas normalmente alagadas estão secas.
"Nesta época do ano, a região está com farta biomassa e muito propensa a ocorrências dessa natureza", informou. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil pediram ao governo federal o envio de aeronaves para o transporte de equipes e ajuda direta no combate às chamas.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que está disponibilizando equipes e recursos para o combate às chamas, através da brigada do Centro Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo), em Corumbá.
No ano passado, os incêndios florestais queimaram um milhão de hectares de matas, lavouras e pastagens no Mato Grosso do Sul. Foi montada uma operação de guerra, com apoio de bombeiros e brigadistas de outros estados, para fazer frente à destruição.
 
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