Uma parceria entre os setores público e privado possibilitou a criação de 10 novos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTIs) no Hospital da Brigada Militar em Porto Alegre. O espaço, ocupado por uma antiga lavanderia que estava sem uso, começa a partir desta quarta-feira (22) a reforçar o enfrentamento à Covid-19 no momento mais crítico da pandemia no Rio Grande do Sul, especialmente na Região Metropolitana.
Com investimento de R$ 3,5 milhões, a nova ala foi inaugurada pelo governador Eduardo Leite, pelo vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, e pelo comandante-geral da Brigada Militar (BM), coronel Rodrigo Mohr – que também participaram da entrega de sete novos micro-ônibus e 93 armas para a BM.
“É um reforço que já estava planejado, mas que por conta da Covid-19 foi acelerado e se torna especialmente relevante, já que os operadores da segurança pública atuam colocando em risco suas vidas devido à natureza da sua função e que agora, durante a pandemia, também acabam se expondo, porque prestam serviço essencial. Por isso, esses novos leitos são importantes para milhares de gaúchos, entre servidores da ativa e da reserva e suas famílias, para recuperação neste momento da Covid e futuramente para outras enfermidades, já que ficam como legado”, destacou Leite.
Os novos leitos serão destinados, durante a pandemia, exclusivamente a pacientes suspeitos ou confirmados de coronavírus. Entre os 10 novos, um deles é de isolamento. Há, ainda, outros 16 leitos clínicos no HBM, que serão destinados a tratamento de outras enfermidades. Além de policiais, podem ser atendidos no Hospital da Brigada servidores públicos e dependentes que tenham o IPE Saúde.
A reforma do espaço foi feita com a ajuda da Ultrafarma, que doou R$ 500 mil arrecadados pelo proprietário, Sidney de Oliveira, em um jantar com empresários da indústria farmacêutica e os ex-jogadores da Seleção Brasileira Dunga, Gilmar, Taffarel, Raí e Mauro Silva, tetracampeões mundiais na Copa de 1994.
O governo do Estado destinou os outros R$ 3 milhões com recursos do Fundo Especial da Segurança Pública (Fesp)/Saúde para a compra dos equipamentos, entre os quais camas hospitalares, ventiladores pulmonares (respiradores), monitores multiparamétricos e bombas de infusão. A área conta ainda com sala de instrumentos e materiais, alojamentos, quartos de plantonistas e expurgo. Todo o projeto arquitetônico foi feito pelo Comando Militar do Sul.
“É uma união de esforços que visa bem comum, afinal, todo o Estado depende dos servidores da segurança, policiais civis, brigadianos, peritos e bombeiros, que estão mais expostos neste momento, porque em nenhum momento pararam de trabalhar”, disse o vice-governador Ranolfo.