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- Publicada em 21 de Julho de 2020 às 13:10

'Fazer lockdown só em Porto Alegre não resolve', alerta GHC, que abrirá mais 15 leitos de UTI

'Não defendo lockdown, nem vou dizer que sou contra. Não é nossa função', opina Oliveira

'Não defendo lockdown, nem vou dizer que sou contra. Não é nossa função', opina Oliveira


ALEXIA MANON/GHC/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
Lockdown ou não para frear a pressão por leitos em UTIs? A questão que tomou conta da cena da pandemia em Porto Alegre, na defesa feita pelo Hospital de Clínicas ou de declarações da prefeitura, teve um alerta da direção do Grupo Hospital Conceição (GHC), que atende apenas SUS. "Fazer o lockdown em Porto Alegre e continuar recebendo pacientes da Região Metropolitana não resolve o problema do sistema de saúde", afirma o diretor-presidente do GHC, Cláudio Oliveira. 
Lockdown ou não para frear a pressão por leitos em UTIs? A questão que tomou conta da cena da pandemia em Porto Alegre, na defesa feita pelo Hospital de Clínicas ou de declarações da prefeitura, teve um alerta da direção do Grupo Hospital Conceição (GHC), que atende apenas SUS. "Fazer o lockdown em Porto Alegre e continuar recebendo pacientes da Região Metropolitana não resolve o problema do sistema de saúde", afirma o diretor-presidente do GHC, Cláudio Oliveira. 
"Não defendo lockdown, nem vou dizer que sou contra. Não é nossa função. Temos que atender os pacientes", ressalta o diretor-presidente do grupo. "As medidas a serem adotadas nesse sentido são de responsabilidade dos gestores", reforça Oliveira.
Sobre o lockdown, a Associação do Hospital Vila Nova afirmou que apoia a medida, devido à ocupação de leitos de enfermaria. A Capital tem 6,5 mil casos e 212 óbitos até essa segunda-feira.
Sobre a relação com a RMPA, o dirigente de um dos maiores grupos de saúde do País esclarece que tanto o Hospital Conceição (GHC) como o Clínicas, que são referência, vão continuar a receber pacientes. Nas cidades próximas, também há crescimento de casos e elevada ocupação de leitos.
Em quase quatro meses de pandemia, 61% dos casos internados no Conceição são oriundos de Porto Alegre. Alvorada é a origem de 10% dos casos. Também geram demanda Viamão, Gravataí, Eldorado do Sul, Cachoeirinha, Guaíba e Novo Hamburgo. O gerenciamento das vagas é feito por um sistema municipal junto com o estadual.     
O Hospital Conceição, maior unidade do grupo, tem hoje 45 vagas exclusivas para doentes com o novo coronavírus, sendo que 43 estão ocupadas. Nesta terça-feira (21), a ocupação total de leitos das UTIs da instituição é de 93%. Dos 45 leitos Covid-19, são 41 confirmados e dois suspeitos.
O diretor-presidente disse que a operação está no limite e que já houve suspensão de procedimentos não urgentes. "Mantemos apenas as cirurgias de emergência e oncologia", disse. O HCPA ampliou as medidas de restrição no atendimento nessa segunda-feira devido ao nível de ocupação das UTIs, que alcançou 95%. 
O GHC prepara a ampliação da estrutura da pandemia. Mais 15 leitos de UTI serão disponibilizados na primeira quinzena de agosto, projeta Oliveira. O processo de contratação de médicos intensivistas está em andamento. Serão necessários cinco intensivistas. A oferta total das vagas vai depender de conseguir os médicos. "Se conseguirmos fechar as escalas, pode ser até 15 leitos ou mais. É o nosso limite!"
O Hospital Conceição ampliou 28% as vagas de UTI em 26 de junho. Também houve expansão de vagas com respiradores na emergência. "Estamos tomando as medidas possíveis para combater a Covid. Mas sabemos que estamos no limite", reforça.  
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