O número de pessoas fora de casa após o episódio de chuvas intensas que atingiram o Rio Grande do Sul no começo da semana caiu. No fim da tarde desta sexta-feira (10), eram 3.850 pessoas desalojadas (2.638) e desabrigadas (1.210), segundo atualização da Defesa Civil do Estado. Mais cedo,
eram mais de 4,5 mil pessoas nessas condições.
São 29 cidades gaúchas com pessoas foram de casa. O governador Eduardo Leite
sobrevoou regiões alagadas e visitou famílias realocadas em Lajeado.
Em São Sebastião do Caí, um dos municípios mais afetados pelas cheias, 160 pessoas permanecem desabrigadas (quando não há para onde ir e precisam ser removidas para abrigos públicos). Não há famílias desalojadas. A cidade também contabiliza 435 residências danificadas pela cheia. O município da Região Metropolitana de Porto Alegre deve decretar situação de emergência.
Lajeado, no Vale do Taquari, ainda são 700 pessoas afetadas, entre desabrigados e desalojados. São 48 famílias que foram removidas para o Parque do Imigrante. Moradores de pelo menos oito municípios foram afetados pela cheia do rio Taquari. Segundo monitoramento do Serviço Geológico do Brasil, o nível do rio está baixando na região dos Vales.
Em Porto Alegre, a cheia do Lago Guaíba já causa transtornos. Uma família da Ilha dos Marinheiros foi socorrida pelos Bombeiros e esta alojada em casa de parentes. O nível do Guaíba atingiu às 17h a marca de 2,52 metros e igualou a cota da grande cheia de 2002, segundo a MetSul Meteorologia. O nível é um dos maiores dos últimos 80 anos.
A Defesa Civil confirmou a segunda morte em decorrência das tempestades. Na noite de terça-feira (7), em Caxias do Sul, Geisson Máximo Vitz, 34 anos, morador do bairro Reolon, morreu quando foi sua residência foi soterrada devido ao deslizamento de duas pedras grandes de um barranco.
Na quarta-feira (8), Nestor Mazarolo, 73 anos, teve o veículo arrastado pela enchente do Rio Taquari em Colinas. O corpo foi localizado na tarde de quinta-feira (9).