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Geral

- Publicada em 08 de Julho de 2020 às 20:31

Porto Alegre ultrapassa média histórica de chuva para julho

Capital registrou vários pontos de alagamentos após a passagem do ciclone

Capital registrou vários pontos de alagamentos após a passagem do ciclone


LUIZA PRADO/JC
Gabriela Porto Alegre
Em virtude do ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul entre terça (7) e quarta-feira (8), Porto Alegre ultrapassou a média histórica de volume de chuva do mês de julho inteiro. Em apenas dois dias, foram 122,4mm, de acordo com o Centro Integrado de Comando (Ceic). A média histórica do mês na Capital, segundo o órgão da prefeitura, era de 121,7mm.
Em virtude do ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul entre terça (7) e quarta-feira (8), Porto Alegre ultrapassou a média histórica de volume de chuva do mês de julho inteiro. Em apenas dois dias, foram 122,4mm, de acordo com o Centro Integrado de Comando (Ceic). A média histórica do mês na Capital, segundo o órgão da prefeitura, era de 121,7mm.
Desde terça-feira, a MetSul Meteorologia já vinha alertando sobre a possibilidade de ventos fortes e chuva no Estado, principalmente no Noroeste, na Capital e na Região Metropolitana, com excesso de chuva e altos índices de acúmulo de água em decorrência do evento natural. Segundo a MetSul, "ciclones costumam produzir grandes volumes de chuva e precipitações extremas" e que, sendo assim, os reflexos disso ainda poderão ser sentidos nos próximos dias, já que todo esse volume de chuva pode escoar para rios, ocasionando enchentes em algumas localidades do Estado.
Para a meteorologista da MetSul, Estael Sias, ainda que a Capital tenha batido a média histórica de volume de chuva e registrado vários pontos de alagamentos com a passagem do ciclone, o que preocupa neste momento é o nível do lago Guaíba. Isso porque, além da forte chuva que atingiu seus afluentes na semana passada, com o ciclone-bomba, ainda tem as consequências do ciclone extratropical. "A preocupação para Porto Alegre agora é o Guaíba, que já está com nível alto e ainda deve receber água do Jacuí, Taquari, Gravataí e certa contribuição do sistema Taquari Antas. Boa parte da vazão deve vir do Jacuí, o que vai chegar nos próximos dias, acompanhado do vento Sul, que tem efeito de represamento".
Conforme Estael, a problemática envolvendo Porto Alegre leva em consideração não apenas os volumes de chuva registrados, mas principalmente os da metade Norte do Rio Grande do Sul. "Essa água que ainda vai escoar poderá ter impacto no Guaíba, nas áreas ribeirinhas e nas Ilhas, o que pode ocasionar uma situação de cheia no Guaíba".
Além de Porto Alegre e da Região Metropolitana, outros municípios gaúchos, como Santa Rosa, Caxias do Sul, Lajeado, Ijuí, Santa Teresa, São Sebastião do Caí, Maquiné, Estrela, Candelária e Espumoso também foram bastante atingidos pelo ciclone. Segundo o último boletim de atualização da Defesa Civil do Estado, o evento natural deixou ao menos uma pessoa morta, 310 desabrigadas, 181 desalojas, além de ter causado danos a 320 edificações.
Dentre os municípios atingidos, a pior situação é em Lajeado, no Vale do Taquari, onde 48 famílias (145 pessoas) foram removidas para o Parque do Imigrante. A cheia do Rio Taquari, que alagou diversas ruas da área central do município, interrompeu o tráfego de veículos e pessoas.
O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) mantém o acompanhamento do comportamento da cheia na bacia dos rios Caí e Taquari, tendo em vista que estes ficaram novamente em níveis elevados. Em São Sebastião do Caí, por exemplo, o rio Caí passou a cota de inundação e continuava subindo. A previsão do CPRM era de que o rio alcançasse o patamar de 13,14 metros às 17h de ontem. Em Montenegro, o rio Caí ainda estava próximo de atingir a cota de inundação (6 metros) e continuava subindo. 
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