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- Publicada em 06 de Julho de 2020 às 14:09

'O lockdown seria uma situação extrema', opina infectologista do São Lucas da Pucrs

'Quem está fora das unidades, não consegue entender o que está acontecendo nos hospitais', diz médico

'Quem está fora das unidades, não consegue entender o que está acontecendo nos hospitais', diz médico


LUIZA PRADO/JC
Patrícia Comunello
"Não, lockdown seria uma situação extrema", opina o médico chefe do Serviço de Infectologia do Hospital São Lucas da Pucrs, Fabiano Ramos, descartando, por enquanto, a medida como alternativa para o combate à pandemia em Porto Alegre. Mas Ramos adverte que "a situação é bastante delicada", referindo-se à demanda elevada e permanente para UTIs, com duas características:   
"Não, lockdown seria uma situação extrema", opina o médico chefe do Serviço de Infectologia do Hospital São Lucas da Pucrs, Fabiano Ramos, descartando, por enquanto, a medida como alternativa para o combate à pandemia em Porto Alegre. Mas Ramos adverte que "a situação é bastante delicada", referindo-se à demanda elevada e permanente para UTIs, com duas características:   
"São pessoas jovens e sem comorbidades (doença prévia) que estão internando nas duas últimas semanas", descreve o infectologista, citando que a sobrecarga aumenta para as equipes. "Quem está fora das unidades hospitalares, muitas vezes, não consegue entender o que está acontecendo dentro dos hospitais", alerta o médico.
Ramos vai coordenar os testes de uma das primeiras vacinas contra a Covid-19 que o centro de pesquisa do São Lucas vai integrar junto com o Instituto Butantan com um laboratório chinês. Assista ao vídeo do JC Explica onde o médico fala dos testes.
O lockdown, descartado pelo especialista, chegou a ser cogitado na semana passada pelo governador Eduardo Leite caso não haja recuo da maior transmissão do novo coronavírus e das internações em UTIs. "Se a Covid-19 não diminuir no RS, não haverá outro caminho que não o lockdown", declarou o governador. Dois dias depois, Leite chegou a fazer um apelo à população para ficar em casa, advertindo que estas duas semanas - até 20 de julho -, serão decisivas na pandemia.
A medida de fechamento por 15 dias foi defendida, para ser implementada imediatamente, pelo reitor da UFPel, Pedro Hallal.
Pelo painel das UTIs monitorado pela Secretaria Municipal da Saúde, há nesta segunda-feira (6) 177 pessoas com Covid-19 em leitos intensivos dos hospitais, além de 40 suspeitos. O número total é de 217. Na sexta-feira (3), eram 224 no total. Mas em três dias, a Capital teve 14 mortes de pacientes em hospitais. O total de óbitos chegou a 120 nesta segunda. O número de casos é de quase 4 mil.  
A preocupação com mais casos é que não há um tratamento efetivo para a doença. O impacto para mais jovens e com gravidade maior pode ter relação em como foi feita a exposição e quantidade de vírus. Outro problema que pode limitar a capacidade de cuidados é o crescimento de casos de profissionais de saúde contaminados.  
"As medidas de distanciamento são fundamentais para que a gente controle essa pandemia. O vírus está disseminado na cidade e estamos recebendo muitos pacientes graves", reforça Ramos. O recado final do médico é: "A gente precisa combater isso, se não as próximas semanas serão piores que as duas últimas semanas que enfrentamos".

JC EXPLICA: Fabiano Ramos esclarece a situação nos hospitais

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