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Geral

- Publicada em 02 de Julho de 2020 às 21:00

Sindicato quer cota fixa de testes da Covid-19 para agentes penitenciários

Agentes penitenciários podem contaminar apenados, colegas de serviço e seus familiares

Agentes penitenciários podem contaminar apenados, colegas de serviço e seus familiares


CLAUDIO FACHEL/PALÁCIO PIRATINI/JC
Gabriela Porto Alegre
Em virtude dos últimos surtos de Covid-19 registrados em penitenciárias, o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Sul (Amapergs) está solicitando ao Estado uma cota mínima de 500 testes rápidos mensais para os profissionais que apresentarem os sintomas da doença.
Em virtude dos últimos surtos de Covid-19 registrados em penitenciárias, o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Sul (Amapergs) está solicitando ao Estado uma cota mínima de 500 testes rápidos mensais para os profissionais que apresentarem os sintomas da doença.
O Estado conta, atualmente, com cerca de 7 mil agentes penitenciários, sendo que, segundo a Amapergs, aproximadamente 40 já testaram positivo para o novo coronavírus. Segundo informações obtidas pela reportagem, até 23 de junho eram 38 casos. A Susepe não confirmou o número por questões de segurança. "Temos os dados, mas não podemos fornecer", informou a assessoria.
O presidente da Amapergs, Saulo Felipe Basso dos Santos, critica o Estado pela prioridade dada à testagem dos apenados, enquanto os servidores seguem a mercê da Covid-19. "De maneira alguma somos contra o Estado promover testagem aos apenados. O que não aceitamos é que colegas que convivem com esses presos não tenham a oportunidade de serem testados também", ressalta.
Conforme Santos, apesar de o Estado elencar hospitais para que os servidores façam os testes, há ainda uma dificuldade muito grande para que de fato os profissionais sejam testados. "Fizemos contato com hospitais e as dificuldades colocadas são tão grandes que se torna quase impossível fazer (o teste)", afirma. "Em muitos dos casos, só indo até uma emergência ou sendo internado para conseguir".
Por esse motivo, o sindicato protocolou um pedido formal para que o Estado disponibilize uma cota fixa de testes para os agentes penitenciários. "Existem colegas que fazem o teste dentro da Superintendência dos Serviços Penitenciários, mas o número é insignificante perto do que seria o mínimo razoável. Queremos uma cota fixa de 500 testes por mês e uma sensibilidade maior do governo". Para Santos, somente a testagem pode evitar que agentes penitenciários contaminados pela Covid-19 transmitam a doença aos apenados, colegas de serviço e seus familiares.
A Secretaria da Administração Penitenciária (Seapen) afirma que "estão sendo seguidos protocolos rígidos em relação a testagem dos agentes nas casas prisionais para evitar que eles possam ser os agentes de transmissão da doença". Conforme a Seapen, as ações continuarão sendo feitas de forma minuciosa, respeitando os protocolos estabelecidos no plano de contingência da pasta e por orientação dos órgãos de saúde estaduais, nacionais e internacionais.
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