Desde o início na disseminação da Covid-19 no Rio Grande do Sul, o governo gaúcho ampliou em 70% a estrutura de leitos de Unidade de Tratamento Intensiva (UTIs) no Estado, o que resultou na habilitação de 624 novos leitos do SUS para pacientes adultos. Atualmente, a rede de saúde estadual conta com 1590 leitos e projeta chegar a 1,9 mil até o mês de agosto.
Segundo o governador Eduardo Leite, os números mostram os esforços que vêm sendo feitos para preparar o Estado para o atendimento a pacientes suspeitos ou confirmados com a Covid-19 nos últimos três meses. Leite refutou as críticas que vêm recebendo sobre a falta de investimentos na rede hospitalar e disse que se não tivesse buscado a estruturação dos leitos, a ocupação - hoje em 70,8%-, poderia chega próxima da capacidade total. "O governo se organizou, usou esse período para estruturar o sistema hospitalar, não apenas de debruçou sobre o distanciamento controlado, mas à política de enfrentamento ao coronavírus. Se não tivesse feito esse incremento de leitos, já estaríamos beirando 100% de ocupação dos leitos de UTI no Estado", disse.
Leitos de UTI adulto subiram de 933, em março, para cerca de 1,6 mil em junho. Foto: Reprodução/Palácio Piratini
Antes da pandemia, o Rio Grande do Sul contava com 933 leitos de UTI adulto. Dos 624 já habilitados desde março, apenas 33 ainda aguardam liberação do Ministério da Saúde para começarem a operar. Outros 21 leitos já foram solicitados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) ao governo federal, segundo informou a secretária Arita Bergmann, totalizando 54 pedidos de habilitação em junho.
Apesar desse incremento na estrutura hospitalar, o governador alertou que se a disseminação do vírus acelerar ainda mais, não será possível manter a garantia do atendimento. Por isso, enfatizou a necessidade de os gaúchos manterem o distanciamento social e o respeito aos protocolos e regras referentes às bandeiras impostas em cada região. "Ampliamos a disponibilidade de leitos, mas se houver uma velocidade maior da disseminação, com observamos na Região Metropolitana, não tem estrutura suficiente", ressaltou Leite.