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- Publicada em 08 de Junho de 2020 às 20:56

Porto Alegre tem alta de 40,9% em pacientes com Covid-19 em UTIs

Segundo Marchezan, dados acenderam o "sinal amarelo"

Segundo Marchezan, dados acenderam o "sinal amarelo"


ANSELMO CUNHA/PMPA/JC
Juliano Tatsch
A prefeitura de Porto Alegre já esperava que, com a abertura de atividades comerciais na cidade, o número de pessoas hospitalizadas na cidade em razão do novo coronavírus iria aumentar. No entanto, a velocidade com que isso ocorreu nos últimos três dias deixou a administração municipal em "estado de alerta", conforme o prefeito Nelson Marchezan Júnior. Da manhã de sexta-feira até a tarde desta segunda-feira (8), o número de pacientes em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) na Capital com diagnóstico confirmado de Covid-19 saltou de 44 para 62 - um aumento de 40,9%.
A prefeitura de Porto Alegre já esperava que, com a abertura de atividades comerciais na cidade, o número de pessoas hospitalizadas na cidade em razão do novo coronavírus iria aumentar. No entanto, a velocidade com que isso ocorreu nos últimos três dias deixou a administração municipal em "estado de alerta", conforme o prefeito Nelson Marchezan Júnior. Da manhã de sexta-feira até a tarde desta segunda-feira (8), o número de pacientes em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) na Capital com diagnóstico confirmado de Covid-19 saltou de 44 para 62 - um aumento de 40,9%.
Além das 62 pessoas com o novo coronavírus, outras 36 com suspeita da doença e aguardando o diagnóstico também estavam em leitos intensivos na tarde desta segunda-feira. O recorde anterior de pacientes em UTIs por Covid-19 havia sido no dia 30 de maio (49 pessoas). O número foi ultrapassado neste domingo, quando chegou a 54, e novamente superado nesta segunda-feira, batendo em 62.
O rápido crescimento fez com que o prefeito suspendesse a edição de um novo decreto em que mais atividades seriam liberadas na cidade. "O que nos preocupa é a velocidade de ocupação. Isso nos levou a suspender qualquer flexibilização que estávamos pensando para o dia de hoje. O decreto do dia 20 de maio é o que continua em vigor. Iríamos avançar em liberações, mas suspendemos esse avanço", afirmou Marchezan na tarde desta segunda-feira em transmissão pelo Facebook.
O prefeito, inclusive, deixou em aberto a possibilidade de voltar a restringir atividades que hoje estão liberadas caso o quadro de rápido crescimento nas hospitalizações se mantenha. "A ideia era que pudéssemos nos aproximar de um novo normal, mas, com esses dados, se acendeu o sinal amarelo", disse. Na quarta-feira, o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus irá se reunir novamente para avaliar o quadro e decidir por novas medidas, se for necessário.
Em entrevista exclusiva ao Jornal do Comércio, no fim da tarde de ontem, durante live do JC Explica pelo Instagram e YouTube com a jornalista Patrícia Comunello, o prefeito falou sobre o recuo em relação à liberação de atividades na cidade. Marchezan afirmou que, se a velocidade de ocupação continuar, as restrições já devem, provavelmente, ocorrer na reunião de quarta-feira. "Este passo atrás nas atividades econômicas é passo à frente na saúde das pessoas, na segurança das pessoas, um cuidado para não termos uma superlotação nas estruturas de saúde", afirmou.

>> JC Explica: assista à entrevista completa com o prefeito Marchezan

Segundo Marchezan, nesta segunda-feira haveria avanços em relação à liberação de atividades religiosas, esportes coletivos, feiras, cursos livres e de protocolos de educação. "Tivemos de parar. Temos estrutura para suportar um aumento de necessidade de leitos, mas o que nos assusta é a velocidade. Se aumentar muito rápido, a gente perde esse controle e a estrutura hospitalar pode não ser suficiente."
O prefeito afirmou que o objetivo é que não haja um pico da doença na Capital, mas, se isso ocorrer, que se dê dentro da capacidade de atendimento médico. "Essa é a situação que monitoramos", ressaltou.
Outro ponto que gera grande ansiedade na sociedade diz respeito ao retorno às aulas. Marchezan admitiu que a questão do ensino é angustiante. "A gente compartilha dessa angústia, mas, se já temos essa demanda por UTI, imagina se tivéssemos quase 300 mil crianças retornando às atividades? Temos muito receio disso. Sabemos que é necessário e o quanto é triste para os pais e para as crianças não ter aulas, mas a ideia é evitar uma tristeza maior, que seria essas crianças precisarem de atendimento de saúde."
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