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Geral

- Publicada em 12 de Maio de 2020 às 12:57

Seca no Rio Grande do Sul leva rios aos menores níveis em 80 anos

Em Itaqui, o rio Uruguai atingiu a quinta menor leitura da série histórica

Em Itaqui, o rio Uruguai atingiu a quinta menor leitura da série histórica


CPRM/Divulgação/JC
Bruna Oliveira
Os efeitos da severa estiagem que afeta o Rio Grande do Sul já são recordes. Dados de monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) sobre as cotas dos rios no Estado superam níveis mínimos identificados em outros momentos de seca e, em alguns locais, chega ao menor nível há quase 80 anos.
Os efeitos da severa estiagem que afeta o Rio Grande do Sul já são recordes. Dados de monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) sobre as cotas dos rios no Estado superam níveis mínimos identificados em outros momentos de seca e, em alguns locais, chega ao menor nível há quase 80 anos.
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A situação crítica é observada sobretudo nos municípios gaúchos de Pedro Osório, Rosário do Sul, Itaqui, Muçum, Caxias do Sul, Cristal e Jaquirana, onde a CPRM possui estações de monitoramento. Em Santa Catarina, Tangará e Joaçaba apresentam condição semelhante.
"Alguns dos pontos mais graves estão no rio Uruguai, tanto pelo porte do rio quanto pela quantidade de municípios que ele banha", explica o gerente de Hidrologia da CPRM, Diogo Rodrigues da Silva. 
A escassez de chuva já afeta 70% dos municípios gaúchos e mais de 300 sinalizaram situação de emergência devido à seca. As perdas em safras como soja e milho são irreparáveis.
Bagé, na Campanha, e Erechim, no Norte, são alguns dos municípios que precisaram entrar em racionamento. A situação preocupa ainda mais diante da pandemia do novo coronavírus, que tem na água um importante aliado de prevenção ao contágio do vírus. 
O geólogo alerta para os efeitos em cadeia ocasionados pela estiagem. Além dos prejuízos ao meio ambiente e à agricultura, maior pilar da economia gaúcha, a seca também causa danos à saúde. Em Itapiranga, município catarinense que faz divisa com o Rio Grande do Sul, a falta de chuva criou uma espécie de piscinas localizadas, onde foram identificados focos de dengue.
As chuvas nas últimas duas semanas estão ajudando a estabilizar os níveis, e a expectativa é mais otimista para os meses de junho e julho. Para o segundo semestre do ano, a previsão é de melhora. "Com essa quantidade (de chuva), os rios sobem muito lentamente, mas, ao menos, pararam de descer e de superar as séries históricas", avalia Silva.

Locais monitorados pela CPRM onde a situação é mais crítica 

Pedro Osório
  • rio Piratini atingiu a menor leitura da série histórica em 20 anos, 1,67 metros, superando o recorde anterior de 1,71 metros em junho de 2012. A cota atual é 1,73 metros.
Rosário do Sul
  • O rio Santa Maria registrou a menor cota em 52 anos de monitoramento, com -0,68 metros, superando o recorde anterior de -0,47 metros em março de 2018.
Caxias do Sul
  • O rio Caí, na localidade de Nova Palmira, teve a menor cota em 77 anos (-0,16 metros).
Cristal
  • O rio Camaquã, na estação fluviométrica Passo do Mendonça, registrou a menor cota em 55 anos, de 0,24 metros.
Jaquirana
  • Menor cota em 79 anos do rio Tainhas, que está no nível de 0,26 metros.
Em Itaqui
  • O rio Uruguai, monitorado há 80 anos, atingiu a quinta menor leitura da série histórica (-0,30 metros), mas está a apenas 2 centímetros de igualar a menor leitura de toda a série histórica, de -0,32 metros em 1997.
Muçum
  • No rio Taquari, a estação em funcionamento há 80 anos está a apenas 11 centímetros de igualar a menor leitura de toda a série histórica de 0,28 metros, em 1945.
Tangará (SC)
  • O rio do Peixe registrou neste ano a menor cota desde o início da operação da estação de monitoramento em 1976, com a marca de 0,57 metros.
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