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Geral

- Publicada em 23 de Abril de 2020 às 17:41

Femama critica medida do Inca que posterga rastreamento do câncer durante Covid-19

Inca divulgou nota sugerindo remarcação de exames e consultas durante a pandemia

Inca divulgou nota sugerindo remarcação de exames e consultas durante a pandemia


ALLIE SMITH/UNSPLASH/JC
Fernanda Soprana
Presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), a mastologista Maira Caleffi defende a manutenção do rastreamento dos casos de câncer no Brasil durante a crise da Covid-19 e critica o posicionamento  adotado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), que orientou a postergação das ações de detecção precoce de casos oncológicos durante a pandemia.
Presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), a mastologista Maira Caleffi defende a manutenção do rastreamento dos casos de câncer no Brasil durante a crise da Covid-19 e critica o posicionamento  adotado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), que orientou a postergação das ações de detecção precoce de casos oncológicos durante a pandemia.
 
Na manhã desta quinta-feira (23), o Inca divulgou nota técnica orientando a medida. "No contexto da atual pandemia de Covid-19, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) recomenda que os profissionais de saúde orientem as pessoas a não procurar os serviços de saúde para rastreamento de câncer no momento, remarquem as coletas de exame citopatológico e a realização de mamografias de rastreamento, adiando consultas e exames para quando as restrições diminuírem”, diz o texto. O órgão, no entanto, não definiu prazo para a suspensão.
 
Maira, líder do Comitê Executivo do City Cancer Challenge Porto Alegre e chefe do Serviço de Mastologia no Hospital Moinhos de Vento, diz que é necessário orientar os pacientes sobre as áreas corona free (livres de coronavírus) nos hospitais. "Os pacientes estão com medo e não procuram atendimento. Precisamos melhorar a comunicação com os pacientes e as próprias redes de atendimento municipais, postos de saúde e encaminhadores de casos de câncer”, afirma.
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Para Maira, é essencial melhorar a comunicação com os pacientes. Foto: Roberta Dabdab/Divulgação/JC
A falta de procura pelos atendimentos, segundo ela, está relacionada à desinformção ou ao medo. "Os centros que fazem atendimento de câncer precisam abrir canais diretos, sem burocracia, para atendimento e orientação. Pelo menos 60% do problema será resolvido por telefone, mas a outra parte não", diz. Maira sugere a telemedicina disponibilizada pelo Disque Saúde (número 136), no qual é possível obter atendimento especializado e gratuito para  a resolução de dúvidas.
 
Segundo ela, pessoas com histórico de câncer não compõem o grupo de risco para a Covid-19. "Os que passaram pelo diagnóstico e tratamento de câncer têm os mesmos riscos de uma pessoa com comorbidades ou idade avançada. Não há maiores riscos para alguém porque teve câncer", ressalta a médica.
 
A mastologista propõe ainda que seja feita uma busca ativa por pacientes com suspeita ou câncer confirmado, através de listas de espera por biópsias e cirurgias. "A maioria dos hospitais de Porto Alegre - Hospital de Clínicas, São Lucas, Fêmina e outros - segue com atendimento regular para estes casos. Só não conseguimos confirmação da Santa Casa”, diz, em menção ao Comitê de Enfrentamento do Câncer de Porto Alegre.
 
“Os especialistas do câncer apoiam o distanciamento social. No entanto, o ’fica em casa’ não é para todo mundo. Não cabe a quem tem suspeita de câncer ou está em tratamento. É necessário fazer uma discriminação melhor dessa mensagem e o remanejamento dessas áreas corona free”, reforça Maira.
 
 
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